Crítica | Moana – Um Mar de Aventuras: uma viagem mística em busca de si mesmo

Uma das coisas que mais me chamou atenção no novo filme da Walt Disney Animation Studios, Moana – Um mar de Aventuras, foi a relação da protagonista com sua avó. Desde as historinhas que a velha senhora contava à pequena, até a conexão que fazia com que elas fossem muito parecidas – seres que ansiavam por mais do que viviam -, pois entendiam o chamado da natureza.

Moana Waialiki (Auli’i Cravalho) é uma jovem, filha do chefe de uma tribo na Oceania, e isso foi deixado bem claro no filme, ela não é uma princesa, é filha do chefe (“se você usa um vestido e tem um companheiro animal, você é uma princesa”). Consequentemente, ela assumiria o poder na ilha, mas isso foi tratado bem naturalmente, sem nenhum questionamento sobre o papel da mulher ser apenas figurativo, Moana desde cedo, foi ensinada a já trazer soluções e liderar seu povo.

Moana cresceu ouvindo as histórias de sua avó Tala e sente que o seu destino não está apenas em liderar sua tribo dentro do perímetro da Ilha, mas que ir além do oceano é um chamado que precisa ser cumprido. Assim que ela descobre que a ilha está em apuros, ela sabe, por conta das histórias de sua avó, que é preciso devolver o coração da deusa Te Fiti, que foi roubado pelo semideus Maui (Dwayne Johnson). E assim, Moana, literalmente com o coração na mão, decide partir até a ilha onde o semideus está recluso – levando, sem querer, seu companheiro, scrappy – para forçá-lo a devolver o coração a Te Fiti.

A magia presente no filme está na utilização dos recursos visuais, algo que sempre foi uma característica das animações da Disney, mas é especialmente bem utilizado nesta animação. Em alguns casos, ajuda a impulsionar a história. Por exemplo, o enorme corpo de Maui está coberto de tatuagens que contam sua história, aliás, um desenho que trata tatuagens de forma tão natural é mais um avanço para o gênero.

A parte musical é também chamativa, mas para quem espera um sucesso nível “Let it go”, pode esquecer. As músicas compõe bem o filme, mas não são tão chicletes como de costume.

moana-voA animação tem um realismo mágico, com uma imaginação desenfreada, que trazem resultados engraçados e mesmo imprevisíveis. Além de ter uma heroína forte, que chama os jovens a abraçar sua família e comunidade, e ao mesmo tempo, ser corajoso e autêntico.

Por fim, o mais importante é que ao longo de sua jornada, Moana aprende a navegar seguindo as estrelas, que coragem e valor não são apenas para semideuses, e que é importante saber quem você é e de onde você veio, se deseja ser um bom líder.

Dirigido pela dupla Ron Clements e John Musker (A Pequena Sereia, Aladdin, A Princesa e o Sapo), Moana – Um Mar de Aventuras estreia em 05 de janeiro de 2017 no Brasil.

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  • Ótimo
4

Resumo

Moana Waialiki (Auli’i Cravalho) é uma jovem, filha do chefe de uma tribo na Oceania, e isso foi deixado bem claro no filme, ela não é uma princesa, é filha do chefe (“se você usa um vestido e tem um companheiro animal, você é uma princesa”). Consequentemente, ela assumiria o poder na ilha, mas isso foi tratado bem naturalmente, sem nenhum questionamento sobre o papel da mulher ser apenas figurativo, Moana desde cedo, foi ensinada a já trazer soluções e liderar seu povo.