Avatar 2: O Caminho da Água | Crítica

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Quando James Cameron anunciou o retorno de Avatar aos cinemas, quase 15 anos depois, muitas foram as críticas em cima do cineasta, principalmente com um projeto de cinco lançamentos no total. Avatar foi um marco para os cinemas, mas seria o suficiente para rentabilizar a produção de mais quatro filmes? Todos sabíamos que Cameron estava envolvido no projeto, mas ninguém estava pronto para o que o diretor realmente trouxe para as telas.

É difícil descrever Avatar 2: O Caminho da Água sem mencionar aquilo que fez do filme um marco não apenas para a indústria dos cinemas, como também para a tecnológica. James Cameron voltou a inovar mais em sua nova produção, reproduzindo efeitos visuais que até então não pareciam ser possíveis. A magia de Pandora transborda em cada detalhe neon estampado em pétalas de flores, que apesar de fictícias, pareciam assustadoramente reais.

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A história de Avatar 2

Em O Caminho da Água conhecemos mais um pouco da história de Jake Sully, agora um Na’Vi assumido e com uma família grande para cuidar. Líder de seu grupo, Jake conta com Neytiry para manter vivo tudo aquilo que Eywa lhes proporciona através de seus poderes. E é claro, tudo começa a dar errado quando  humanos retornam a Pandora.

Buscando vingança por Jake ter dizimado a equipe no passado, Quaritch (Stephen Lang) retorna a Pandora com um visual diferente. Transformado em Na’Vi ao lado de seus antigos soldados, ele vai usar o novo corpo como principal arma para destruir tudo aquilo que a franquia Avatar nos mostrou. Eles se tornam poderosos o suficiente para obrigar Jake a se mudar com sua família, buscando refúgio com a tribo da água. E é aí que a magia de James Cameron acontece.

O Caminho da Água de Avatar

Mesmo com um roteiro clichê, é possível que o segundo filme da franquia de Cameron seja um dos melhores do ano de 2022 e sem dúvida, o melhor em termos de efeitos visuais. As criaturas de Pandora são mágicas com uma clareza de detalhes que assusta, principalmente considerando serem completamente fictícios. Os Talkuns, por exemplo, fazem o público grudar os olhos na tela e acompanhar cada movimento que fazem.

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Como o trailer indicava, as conexões familiares são o grande centro de toda a trama e a partir delas, outras paralelas são criadas. Em Avatar 2, Cameron procurou focar em todos os personagens ao invés de apenas em Jake, deixando o Na’Vi de Sam Worthington entre os menos centralizados. E é outro acerto para o diretor, que cria personagens carismáticos, densos e divertidos, como Lo’ak, cuja história é um atrativo para o público tanto quanto o restante do filme.

Os efeitos especiais, visuais e fenomenais

Avatar 2: O Caminho da Água é feito e formado pelos efeitos computadorizados, mas não de uma forma forçada ou exagerada. Semanas antes do lançamento, James Cameron chegou a brincar com os fãs da Disney, comparando seu filme com os efeitos do MCU e garantindo que o que veríamos em Avatar era muito superior. E ele estava certo.

Em boa parte dos filmes onde efeitos visuais e especiais são muito usados, é possível ver o momento em que são acionados para fazer algo ter sentido. Já em Avatar 2: O Caminho da Água, sabemos o que existe e não existe, mas dentro dessas duas distinções, tudo se torna possível graças a tecnologia usada no filme. Até mesmo criaturas de muitas toneladas demonstram um olhar tão verdadeiro como um cachorro demonstra todo dia de manhã ao abanar o rabo para o dono.

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Até mesmo em relação a movimentação dos personagens, Avatar 2: O Caminho da Água entrega o melhor possível. Cada ação se torna fluída, leve e executada com a mesma naturalidade que um ser humano estivesse no lugar de criaturas gigantescas, de pele azul e tranças na cauda. O nado dos animais marinhos é igualmente perfeito, bem como todo o ambiente que o cerca. Em um cenário onde temos os reinos de Namor e Aquaman, James Cameron sai como um míssil na dianteira e cria algo nunca antes visto.

4

ÓTIMO

Avatar 2: O Caminho da Água entrega o melhor possível. Cada ação se torna fluída, leve e executada com a mesma naturalidade que um ser humano estivesse no lugar de criaturas gigantescas, de pele azul e tranças na cauda. O nado dos animais marinhos é igualmente perfeito, bem como todo o ambiente que o cerca. Em um cenário onde temos os reinos de Namor e Aquaman, James Cameron sai como um míssil na dianteira e cria algo nunca antes visto.