Olá, senhoras e senhores de todas as idades, vocês já me conhecem. Ou não. Caso não conheçam, sou escritor, tenho três livros publicados, dezoito anos e sou redator aqui do Poltrona Nerd. E combato o crime (mentira, viu). Se por acaso chegou nesta coluna por curiosidade sobre a carreira de escritor e gosto pela literatura, está no lugar certo.
Na semana passada terminei falando sobre a revisão.
Odeio essa parte do trabalho. Primeiramente, quando se escreve, já temos toda a trama desenrolando em nossa mente. Sabemos os sentimentos de cada personagem e o que vai acontecer. Terminamos a trama. Voltamos para ler e ver se não faltou nada. É necessário amarrar as pontas soltas, remover cenas e adicionar outras. Então aí o bicho pega: você precisa ler a segunda vez. A segunda vez é bem tortuosa. Você já sabe tudo. Caso seja uma pessoa meio ansiosa, querendo partir para outro projeto, vai perder a graça. Mas você precisa. Existem coisas que ainda vai deixar passar na primeira revisão. Erros bobos na trama, letras faltando, umas coisas bem nada a ver mesmo. Dica: não se preocupe com a gramática, pois isso vem a seguir.
Depois, o bicho pega de novo.
Agora você tem o livro prontinho, fumegante, gritando para ser publicado. Mas ainda não pode. Revisou uma vez. Tudo certinho, a história está amarrada e os personagens estão vivendo de boas. Ótimo. Ainda não pode publicar (e, de preferência, não mostrar para ninguém que não seja de sua inteira confiança, como sua mãe, sua esposa/marido/cônjuge/senhora/enamorada/noiva/boneca inflável/whatever e seu cachorro). Você precisa fazer uma segunda revisão, parecido com uma segunda mão de tinta em uma parede. A segunda revisão serve para pegar os errinhos perdidos no “ar”. Você encontrará uns erros bem bobos que causam grande impacto na leitura. Ainda não se preocupe com a gramática.
Agora sim o bicho pega. Tipo, outra vez.
Você precisa que outra pessoa revise a obra. Alguém especializado. Vamos falar sobre revisores. Na coluna anterior, já deixei claro que não gosto de trabalhar em grupo, principalmente em algo como um livro. É meu filho. Fiz sozinho. Contudo, o revisor se faz necessário. É essa pessoa que vai corrigir a gramática e outros erros banais que você deixou soltos na trama, além de ser capaz de perceber algum diálogo mal feito ou um furo dos grandes na sua trama. Porém, é difícil achar um bom revisor. Por ser um lobo solitário, recomendo expressamente que você procure alguém em quem confie plenamente.
Por que essa recomendação? Porque atualmente trabalho com alguém assim. É necessário você poder largar seu trabalho na mão dessa pessoa e não se preocupar com o resultado final. Dica suprema: não procure pseudo-escritores ou pessoas que se acham poéticas. Não é preconceito, mas esse tipo de pessoas pode querer colocar a “mão” no trabalho e mudar o que não deve ser alterado. Então, no final, você vai ler o resultado e percebe que várias coisas foram alteradas, desde palavras até referências escondidas feitas por você. Ou coisa na própria história. Não! Procure alguém para revisar sua gramática e ponto final. Alguém confiável. E esteja junto do trabalho, para dar incentivo e saber que você se importa. No final das contas, tudo vai dar certo.
Lembrando: assim que finalizar suas próprias revisões, registre sua obra antes de passa-la para um revisor profissional. Vamos falar de registros no dia #6. Good luck, kids!
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