Olá. Mais uma semana, mais uma coluna minha aqui no Poltrona Nerd. Espero que você, leitor, esteja feliz. Afinal, é um belo dia de domingo (ao menos aqui nessas bandas) e se você não está lendo em um domingo, espero que seja um belo dia. Enfim, na semana passada falei um pouco sobre a revisão, etc. Hoje prometi falar sobre a área burocrática do negócio. Tenho também falado muito sobre a parte técnica e não me concentrado realmente no cerne da literatura. Aquilo que faz um escritor se movimentar. O combustível de todos os poetas.
Amor.
Mentira. O combustível é vontade, mas isso é história para outra hora, assim como aquela coisa toda de Totte (ainda vou falar mais sobre isso um dia). O negócio é o seguinte: essa coluna será a última sobre isso. No futuro, pretendo me focar no meu dia a dia e as coisas que tem acontecido na minha carreira. Espero que aconteçam na sua e desejo tanto sucesso quanto eu tenho tido em apenas 3 anos de escrita. Agora, vamos começar?
Muita gente acredita que escrever é só isso. Você escreve e publica. Então você recebe as congratulações e 5 reais de direitos autorais. Não é bem assim. É um processo muito delicado e difícil, como você já deve estar ciente a essas alturas. Você escreve, revisa e revisa, manda para alguém e então chega na famosa burrocracia (sim, com dois r): registrar. O registro da Biblioteca Nacional serve para que ninguém roube sua obra intelectual. Por exemplo, você escreveu e quer passar para alguém, ou vai enviar para uma editora sem ter antes o registro. De repente, publicam fora do seu nome. Isso é roubo. E, sem o registro, você não pode provar perante a lei que a obra lhe pertence.
No inicio da minha carreira apanhei para esse sistema. No meu primeiro livro, não fazia ideia dessa história toda de registro. Quando encontrei uma editora e eles me pediram uma cópia da Averbação foi que descobri. Corri e pedi ajuda ao Tio Google. Encontrei bons tutorais sobre como registrar. Não é difícil e vou ensinar rapidinho aqui como é.
Você precisa acessar o site da Biblioteca Nacional (clica aqui e já vai te jogar lá), preencher o formulário e pagar o GRU (Guia de Recolhimento da União) no Banco do Brasil. Para preencher o formulário, precisa de alguns requisitos básicos. Você precisa de uma residência, óbvio. E se for menor de 18 anos alguém precisa assinar junto com você. Com esse formulário preenchido, você precisa enviá-lo junto com livro impresso. Recomendo imprimir o livro em A4, vice-versa com fonte Arial 12. Rubrique todas as páginas e coloque no envelope junto com o formulário. Neste envelope coloque uma cópia da sua identidade (pode ser CNH), cópia do CPF e cópia do comprovante de residência (eles aceitam qualquer comprovante, mas dê preferência a contas de banco, água, luz, enfim). Caso seja menor de idade, ponha cópia do RG e CPF de seu tutor legal. Feito toda essa burocracia, envie tudo junto para o endereço da Biblioteca Nacional (vou disponibilizar lá no fim).
Lembrete: não ESQUEÇA de colocar o comprovante de pagamento do GRU no envelope.
Depois disso, espere três meses e receberá o certificado prontinho na sua casa, quentinho para ser usado. Nunca envie o original para uma editora. Tire cópias, quantas precisar. Outra dica: quando terminar a sua própria revisão do livro, já envie para o registro. Não tem problema nenhum. É uma ideia melhor do que passar para qualquer revisor.
Acabado tudo isso, você está apto para publicar e acabamos a parte técnica da coisa. Daqui para frente, ensinarei o que puder. Farei desta coluna realmente o meu diário e contarei algumas coisas engraçados que foram acontecendo comigo. Erros que cometi. Se você tiver qualquer duvida sobre tudo ou precisar de ajuda, não hesite em mandar uma mensagem na minha página ou para o email [email protected].
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