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Wandinha – 2ª temporada | Crítica

A espera pela segunda temporada de Wandinha foi longa, principalmente com a divisão dos capítulos em duas partes, o que aumentou ainda mais a ansiedade dos fãs. Felizmente, a espera valeu cada segundo e o que já era bom na primeira temporada, conseguiu atingir um patamar ainda mais alto com a chegada da segunda. 

A primeira temporada de Wandinha foi o palco para a consagração de Jenna Ortega, já a segunda, com ambas as partes já disponíveis na íntegra na Netflix, expande o picadeiro macabro para provar que a força de Nunca Mais reside em todo o seu elenco. A série retornou mais confiante, sombria e notavelmente mais rica, distribuindo o peso narrativo e permitindo que seu universo e seus personagens secundários finalmente respirem e brilhem com uma luz própria e fúnebre.

A decisão de libertar Wandinha do triângulo amoroso da primeira temporada foi a melhor escolha que os roteiristas poderiam ter feito, não apenas para a protagonista, mas para todos ao seu redor. Esse espaço narrativo é habilmente preenchido por arcos que aprofundam o elenco de apoio. Enid (uma Emma Myers cada vez mais carismática) herda a trama romântica, lidando com seus próprios dilemas amorosos de uma forma que é ao mesmo tempo divertida e genuína, fortalecendo sua jornada como uma loba em crescimento.

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A chegada de Feioso (Isaac Ordonez) a Nunca Mais também adiciona uma nova dinâmica, explorando a estranha relação entre irmãos Addams de uma maneira que vai além das explosões casuais. A família, aliás, assume um papel central e delicioso. Catherine Zeta-Jones e Luis Guzmán retornam como Morticia e Gomez, não apenas como figuras parentais distantes, mas como participantes ativos na trama, reacendendo sua paixão nos corredores da escola.

A adição de Joanna Lumley como a avó Hester Frump é um golpe de mestre, trazendo uma energia de diva veterana que gera conflitos hilários e revela mais sobre a linhagem da família. É nesse núcleo familiar expandido que a série encontra muito de seu coração sombrio.

O corpo docente e os novos personagens também são um espetáculo à parte. Steve Buscemi, como o novo diretor Barry Dort, é a escolha perfeita, encarnando a mistura de esquisitice e boas intenções que define a academia. A presença de Thandiwe Newton e Billie Piper em papéis intrigantes, juntamente com a muito comentada participação de Lady Gaga, elevam a produção a um novo patamar de prestígio e diversão. Cada um desses talentos contribui para um mundo que se sente mais vivo, perigoso e complexo.

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A segunda temporada de Wandinha é, portanto, um triunfo coletivo. Embora Jenna Ortega continue a ser a âncora imponente e magnética da série, ela agora lidera um verdadeiro conjunto de talentos, onde cada peça tem seu momento de destaque. A série evoluiu de um mistério adolescente para um drama de fantasia sombrio e multifacetado, provando que há muito mais horrores e maravilhas em seu universo do que os olhos de uma única Addams podem ver.

Com o mistério principal da temporada resolvido de forma explosiva, o episódio final planta sementes sinistras para o futuro. Segredos sobre o passado de Morticia e Gomez em Nunca Mais vêm à tona, uma nova e sombria organização que opera nas sombras é revelada, e uma visão final e enigmática de Wandinha sugere uma ameaça de proporções muito maiores.

Fica claro que as provações na Academia Nunca Mais estão longe de terminar, e o palco está montado para uma terceira temporada que promete ser ainda mais caótica e imprevisível.

Muito Bom
4

Muito Bom

Com a temporada completa já disponível, Wandinha retorna triunfante, deslocando o foco de sua protagonista para fortalecer um brilhante elenco de apoio. A série abandona os clichês românticos em favor de arcos mais ricos para personagens como Enid e a família Addams, enquanto novas adições como Steve Buscemi e uma participação de Lady Gaga elevam o nível. Embora mantenha seu humor ácido e estética gótica, a série amadurece e se torna uma obra coletiva mais complexa e envolvente.

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