Após o sucesso da adaptação de Preacher de Garth Ennis, os showrunners Seth Rogen e Evan Goldberg retornam para adaptar outra das obras mais conhecidas do escritor: The Boys.
Originalmente criado por Ennis e Darick Robertson, The Boys transformou o gênero de super-herói, os descrevendo somo criminosos fantasiados e celebridades perigosamente narcisistas com poderes divinos. É aí que entram os The Boys: uma equipe liderada por Billy Bruto (interpretado por Karl Urban) que lidam com os superpoderosos que saem da linha.
Embora mantenha o senso de humor sangrento e a sagacidade satírica dos quadrinhos, a mais nova série da Amazon é uma condensação do material de origem. Isso resultou em algumas grandes mudanças, algumas das quais, sem dúvida, irão surpreender os fãs dos quadrinhos originais. Então, sem mais delongas, aqui estão 11 diferenças entre os quadrinhos e a série que o Screen Rant separou e nós traduzimos e adaptamos.
O TEXTO CONTÉM SPOILERS DE THE BOYS – TANTO DA SÉRIE QUANTO DOS QUADRINHOS
11 – NOVOS HERÓIS
Para dar aos leitores algo novo, The Boys adiciona super-heróis originais. Alguns desses recém-chegados incluem Ezekiel (Shaun Benson), Mesmer (Haley Joel Osment) e Translúcido (Alex Hassell). Eles podem ser novos personagens, mas são baseados em nomes familiares.
O televangelista Ezekiel é uma versão mais agradável do pedófilo Oh Father enquanto Translúcido parece ser a versão da série para Jack de Júpiter – um dos membros originais dos Sete, que também tinha pele impermeável, embora não invisível. Mesmer, por outro lado, é um personagem totalmente novo.
10 – VOO TRANSOCEÂNICO 37
Depois de fracassar em salvar o Voo 37 sequestrado, o Capitão Pátria usa o desastre que causou para promover a agenda da Vought International de contratar super-heróis para trabalharem com os militares. Por mais antiético e desonesto que isso já seja, foi muito pior nos quadrinhos.
Originalmente, os Sete interceptaram um dos aviões que ia em direção às Torres Gêmeas durante os ataques de 11 de setembro. Os heróis matam os terroristas, mas falham miseravelmente em tudo mais, fazendo com que o avião caia na ponte do Brooklyn. A Vought fez de tudo para cobrir o acontecido.
9 – COMPOSTO V E THE BOYS
Com exceção da Fêmea, Bruto e seus homens não têm poderes. Eles podem ser habilidosos em missões e no manuseio de armas, mas os The Boys não tem chance contra os heróis em uma luta justa. Para eles, os heróis são monstros quase incontroláveis que precisam exterminar.
Isso é diferente nos quadrinhos, porque os The Boys podem ir de igual para igual com qualquer um dos Sete, graças ao soro Composto V. Sem seus poderes, eles perdem a angústia original de serem seres humanos super-poderosos que caçam super-heróis para o governo.
8 – MADELYN STILLWELL
Os Sete podem ser os super-heróis mais poderosos do mundo, mas eles ainda precisam responder ao seu chefe. Seu superior nos quadrinhos é James Stillwell: um executivo corporativo sem emoção e sociopata com nada além do bem-estar de Vought em sua mente.
A série substitui James por Madelyn Stillwell, que manipula os Sete. Ao contrário de sua contraparte impressa, Madelyn é mais humana e vulnerável. Ela pode priorizar as transações da Vought, mas ela não é tão desumana quanto James, que ordenou o massacre da versão dos X-Men dos quadrinhos por se tornarem incontroláveis e não comercializáveis.
7 – TREM-BALA E POPCLAW
O que poderia ser visto como um contraste para Hughie e Luz-Estrela é o relacionamento dos super-heróis Trem-Bala e Popclaw. O amor se transforma em tragédia quando Trem-Bala a mata para manter sua dependência do Composto V escondida, mas isso só piora as coisas.
Esse relacionamento nunca aconteceu nos quadrinhos porque os dois nunca compartilharam nem uma página juntos. Tudo sobre eles foi feito exclusivamente para a série e os dois são consideravelmente mais simpáticos do que os seus eus originais. Nos quadrinhos Trem-Bala morre e Popclaw continua viva.
6 – PROFUNDO
Para o horror de Luz-Estrela, seu ídolo Profundo – a versão de Aquaman dos Sete, revelou-se uma pessoa terrível que abusou sexualmente dela. Enquanto o assédio ocorre nos quadrinhos, não foi Profundo quem levou a culpa.
O que aconteceu com Luz-Estrela foi realmente pior no material de origem, onde três outros heróis (Trem-Bala, Capitão Pátria e Black Noir) a pressionaram para fazer sexo oral. Ironicamente, o Profundo original era o mais maduro e experiente dos Sete. Sua versão para as telas tem mais em comum com Trem-Bala original, que era o mais arrogante e egoísta dos quadrinhos.
5 – CAPITÃO PÁTRIA
A versão do Superman para The Boys é uma criança mimada com os poderes de um deus e uma lista interminável de vícios. Tudo o que ele faz é motivado por seu desejo infantil de ser levado a sério, embora em metade do tempo ele aja impulsivamente e comprove os medos das pessoas.
Na série, ele é esperto e imprevisível, tornando-o mais perigoso do que nunca. Agora, ele calmamente ameaça e manipula as pessoas para fazer as coisas seguirem seu caminho ao invés de fazer uma birra. Ele também tem um relacionamento sexual com Stillwell – algo que nunca aconteceria nos quadrinhos, já que ele desprezava o representante corporativo.
4 – A ORIGEM DA FÊMEA
Quando bebê, a Fêmea acidentalmente comeu um pouco do Composto V e se tornou a mais perigosa dos The Boys. Além do Francês, ninguém mais entende o que ela está pensando, mas podem contar com ela para arrancar os rostos das pessoas. Ela também trabalha como uma assassina para a máfia.
Enquanto isso, a série dá a ela uma história de origem inteiramente nova. Em vez disso, ela era uma criança-soldado que foi injetada com Composto V por seus compatriotas guerrilheiros. Inadvertidamente, ela foi um subproduto dos planos da Vought para criar supervilões, já que a empresa enviou o composto para os terroristas para reforçar a demanda artificial por super-heróis que só eles podem satisfazer.
3 – LUZ-ESTRELA
The Boys abre com os Sete dando boas-vindas à Luz-Estrela. Embora ela seja ingênua a princípio, ela lentamente se adapta e descobre como manobrar seu caminho em torno do subdesenvolvido mercado de super-heróis.
A série, ao contrário, apresenta uma versão mais proativa de seu eu ilustrado. Mesmo que a empresa recue, Luz-Estrela não demora muito para se manter na equipe e ela luta ativamente para manter seu idealismo e dignidade intactos. Como nos quadrinhos, com isso ela ganha o respeito da Rainha Maeve, que desde então sucumbiu ao seu cinismo.
2 – O PEQUENO HUGHIE CAMPBELL
O coração e a alma de The Boys é Hughie Campbell: o recém-chegado de maneiras gentis que entrou para a equipe de Bruto depois que Trem-Bala acidentalmente matou sua namorada Robin. Originalmente baseado em Simon Pegg (que agora interpreta seu pai amoroso), Hughie é um garoto bem-intencionado, mas sem imaginação, o que faz com que ele e Bruto se complementem.
Como seu interesse amoroso Luz-Estrela, Hughie é mais assertivo na série do que costumava ser nos quadrinhos. Enquanto ele leva oito episódios para desafiar a natureza intimidadora de Bruto, isso ainda é mais rápido do que os quadrinhos, onde ele demorou para se libertar da manipulação emocional.
1 – BECCA BRUTO
A maior mudança em The Boys é o destino da esposa de Bruto, Becca. Ela morre depois de dar à luz o bebê de Capitão Pátria. Seu estupro e morte pelas mãos do líder dos Sete é a única coisa que mantém Bruto vivo.
Por mais chocante que seja, a série a mantém viva. Aparentemente, a Vought escondia sua sobrevivência e, mais importante, sua criança super-poderosa. Está implícito que os super-heróis biologicamente não podem se reproduzir, possivelmente tornando o filho de Capitão Pátria o primeiro super-herói nascido fora de um laboratório. Ela estar viva também quebra tudo que Bruto acreditava, tornando as coisas imprevisíveis para ele e até para os fãs mais dedicados dos quadrinhos.
A primeira temporada de The Boys está disponível no Prime Video.