Stranger Things – 1ª temporada | Uma carta de amor aos clássicos dos anos 80

poltrona-stranger-things-posterNo catálogo da Netflix desde o último dia 15, Stranger Things, série criada e produzida pelos irmãos Matt e Ross Duffer (de Wayward Pines), é uma carta de amor para os anos 80 e, principalmente, a dois nomes que foram sinônimos de excelentes histórias que marcaram aquela época: Steven Spielberg e Stephen King.

A série com oito episódios em sua primeira temporada, reverencia clássicos como Os Goonies, Conta Comigo, A Coisa, E.T., entre outros, ao mesmo tempo que não fica a mercê da nostalgia, conseguindo trazer um pouco de inovação em sua linha narrativa.

Situado nos anos 80, a história narra a aventura dos amigos Mike (Finn Wolfhard), Lucas (Gaten Matarazzo), Dustin (Caleb McLaughlin) e Will (Noah Schnapp). Após uma partida de RPG, Will é surpreendido por uma coisa misteriosa e acaba sumindo sem deixar nenhum rastro, a não ser sua bicicleta. Empenhados em encontrar o amigo, Mike, Lucas e Dustin montam uma espécie de patrulha e, durante o ronda, encontram uma jovem menina (Millie Bobby Brown) com a cabeça raspada, que não sabe de onde veio e com poderes telecinéticos. Apelidada de Onze, devido a marca tatuada em seu pulso, o trio percebe que ela pode ser a chave para o paradeiro de Will. Enquanto isso, Joyce (Winona Ryder), a mãe de Will, começa a presenciar eventos estranhos, que podem estar associados a experimentos militares em um departamento de energia, ao mesmo tempo que ela sente a presença de Will, apesar da descrença do filho mais velho (Charlie Heaton) e do Chefe de Polícia Hooper (David Harbour).

A primeira temporada de Stranger Things, consegue ditar de forma eficiente seu ritmo. A linha narrativa é concisa e consegue instigar durante seus oito episódios. Há um certo cuidado dos irmãos Duffer em saber aproveitar todo o cenário dos anos 80, desde a trilha sonora, referências (e são várias) a filmes, jogos da época, sem ficarem encurralados em uma nostalgia barata.

O elenco juvenil possui uma ótima sintonia, com destaque para Finn Wolfhard, o líder da turma. Ao lado dos amigos, é fácil se identificar com o elo forte de amizade entre os três, lembrando obras como Conta Comigo, A Coisa e o mais recente Super 8, filme de J.J. Abrams com produção de Spielberg. A Onze, personagem de Millie Bobby Brown, é uma clara referência a E.T., com o mesmo apelo emocional. A atriz novata desempenha uma atuação madura e contagiante. Atenção nessa menina!
Popular em produções dos anos 80 e 90, Winona Ryder retorna em grande estilo, entregando uma atuação soberba e digna dos vários elogios recebidos. Ela representa com propriedade a força de uma mãe, que mesmo no momento de dor, não desistirá de encontrar o filho.

A falha de Stranger Things, está na metade para o final, quando inclui arcos paralelos, que não convencem. Fica a sensação que existiram para preencher lacunas, mas, o fato é que os episódios focando na irmã de Mike, Chefe Hooper, foram desinteressantes. Com 8 episódios e, não os habituais 13, o arco final acaba sendo corrido, mas que conseguem entregar um desfecho (redondinho!), para que aconteça uma nova temporada.

No mais, Stranger Things é uma boa produção da Netflix. Alguns pontos precisam ser melhorados, principalmente em desenvolver mais a cumplicidade dos personagens que, já conseguiram despertar algo que ficou deixado para trás nos anos 80: aventura e uma amizade fiel.

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  • Bom
3

Resumo

No mais, Stranger Things é uma boa produção da Netflix. Alguns pontos precisam ser melhorados, principalmente em desenvolver mais a cumplicidade dos personagens que, já conseguiram despertar algo que ficou deixado para trás nos anos 80: aventura e uma amizade fiel.

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