Projeto Piloto | Filhos da Guerra

Já vimos, por aí, diversos filmes e séries sobre a II Guerra Mundial, sejam elas histórias reais, fictícias ou até mesmo paralelas. Fomos ao Rio de Janeiro essa semana, como convidados da Rede Globo, para assistir antecipadamente o piloto de Filhos Da Guerra, a nova aposta da emissora para as madrugadas, e trazer nossa opinião para vocês, nossos leitores.

A minissérie se ambienta em uma Alemanha nazista na sua busca de expansão territorial pela Rússia, no ano de 1941, e acompanha um pouco da vida de cinco amigos de infância que, em meio à serviços pelo país, se separam com a promessa de que irão se encontrar novamente. Dentro desse círculo de amigos há dois irmãos que estão numa mesma unidade e em frente a batalha, ou seja, combatentes de guerra. Temos o irmão mais velho que é um tenente (o que narra a história) e, o caçula, um simples soldado que está ali por obrigação, tendo em vista que era guerrear e ser morto ou não guerrear e ser morto – nossas aulas de História na escola já retrataram a rigorosidade da época e, portanto, sabemos como funcionavam as coisas no Nazismo.

A maior parte do piloto tem o foco nesses dois personagens, onde o irmão mais velho, Wilhelm (Volker Bruch), usa sempre sua patente para proteger o mais novo, Friedhelm (Tom Schilling), que tem algumas atitudes nada agradáveis, fazendo com que o mais velho tenha vergonha – mesmo não demonstrando, do caçula. É nesse cenário, também, que temos as cenas mais fortes e frases de peso, como quando Wilhelm diz ao seu superior que isso tudo é apenas uma guerra, e o mesmo responde “Essa não é uma guerra normal, mas sim uma ideologia” – retratando muito bem as intenções de Hitler.

Para ser mais realista, os produtores usufruíram um pouco de imagens reais (gravadas na época da guerra) junto com o cenário montado para as filmagens. Toda a parte de tiroteio, de combate, são bem realistas para uma minissérie e o “clima” entre os combatentes chega a ser bem tenso, principalmente entre os alemães patriotas e Friedhelm.

Após o piloto, resolvi me aprofundar na minissérie, indo atrás, principalmente, das grandes críticas. Uma delas foi que “eles queriam apresentar os alemães mais como vítimas dos efeitos da guerra do que como responsáveis por ela”, mas eu não concordo com isso, pois toda história tem dois lados e nem todos querem participar dela. Eu iria ficar feliz se conseguisse achar pessoas que estiveram lá, alemãs ou não, para contar a experiência, pois, assim como o irmão mais novo, certeza que haviam muitos que não queriam guerrear.

Nos resta, agora, aguardar a exibição na Globo, que será feita todas as madrugadas, após o Programa do Jô, de segunda-feira, dia 31/08, até sexta-feira, dia 04/09. Provavelmente irá ficar disponível no Globosat Play, onde poderemos ter o formato de áudio original, que é em alemão.

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