Arrow chegou para ser uma espécie de Cavaleiro das Trevas na TV, aproveitando o sucesso da trilogia de Christopher Nolan. As semelhanças eram nítidas – tom sombrio e realista de um herói do universo DC. Contudo, a CW é uma emissora com grande apelo do público juvenil, que não estavam muito preparados para uma série soturna. Greg Berlanti e sua equipe de produtores foram hábeis em moldar a série para o perfil da emissora, resgatando a essência dos quadrinhos.
Ao longo destas oito temporadas, Arrow pode ser definido como uma série sobre amadurecimento. Oliver Queen (Stephen Amell) inicia sua jornada de vigilante, ainda sob o nome de Capuz, sedento por vingança depois do período isolado na ilha e disposto a eliminar todos os nomes da lista deixada pelo pai. A presença de Diggle (David Ramsey) foi um importante contraponto para alerta-lo das consequências. Uma vez mergulhado no ódio, será um caminho sem volta.
A cada temporada, Ollie evolui e se dá conta que está diante de algo muito maior. Além de mafiosos e seus capangas para capturar, seu encontro com Barry Allen (Grant Gustin) o faz perceber que precisa ser muito mais do que um mero vigilante. Era o início de sua jornada heroica. Oliver se torna o melhor que pode para Star City. Seu caminho seguiu o roteiro da série, com altos e baixos. Os episódios foram se tornando cansativos, era o momento de dar um fim. O fôlego de Arrow estava sendo os crossovers, sempre ótimos, com Queen sendo o líder para os jovens heróis que acabaram de surgir como Supergirl e as Lendas.
Por fim, Oliver Queen entendeu qual era sua verdadeira missão. Não era vingança contra os algozes do seu pai e de Star City. Sua missão era ser o primeiro. O primeiro vigilante, o primeiro herói. O primeiro vilão. Assim, cutucou os peixes grandes, despertou a ira dos corruptos e motivos que outros agissem como ele, para bem ou para o mal. Ele criou o Arrowverse. Se não fosse seu encontro com Barry Allen, o jovem jamais se tornaria The Flash.
Arrow se despede com uma mensagem de esperança. Heróis não morrem. Arqueiro Verde assim como outros heróis do universo DC são símbolos que ajudaram a influenciar uma nova geração de mascarados para continuar seu legado. O sacrifício de Oliver Queen em Crise nas Infinitas Terras não foi um ato final, mas o início de uma nova era de super-heróis.