Após uma suspensão temporária, a Disney e a ABC confirmaram o retorno do programa Jimmy Kimmel Live! à grade noturna de programação. A decisão acontece após dias de polêmica envolvendo declarações do apresentador sobre a morte do ativista conservador Charlie Kirk, que levaram a críticas públicas, pressão política e até mesmo a suspensão do programa por tempo indeterminado. As informações são da Variety.
Segundo comunicado oficial, a suspensão havia sido tomada “para evitar agravar ainda mais a situação em um momento tão delicado para o país”. No entanto, após reuniões internas com o comediante, a empresa decidiu recolocar Kimmel no ar já na noite de terça-feira.
Polêmica envolvendo Charlie Kirk e pressão da FCC
A crise começou quando, durante um monólogo, Jimmy Kimmel ironizou teorias e reações sobre o assassinato de Charlie Kirk, morto a tiros em Utah. O apresentador também fez piadas sobre a resposta do ex-presidente Donald Trump ao caso, o que acirrou ainda mais os ânimos da ala conservadora.
O episódio levou conglomerados como Nexstar Media e Sinclair a anunciar que retirariam o programa de suas afiliadas. A situação escalou após o presidente da Comissão Federal de Comunicações (FCC), Brendan Carr, sugerir que emissoras deveriam pressionar a ABC a remover Kimmel de sua programação.
Reação de Hollywood e defesa da liberdade de expressão
A decisão da Disney de suspender o comediante foi recebida com forte resistência da comunidade artística. Mais de 400 celebridades, incluindo nomes como Tom Hanks e Martin Short, assinaram uma carta organizada pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), condenando o que consideraram um ataque direto à liberdade de expressão nos Estados Unidos.
Defensores da Primeira Emenda, de diferentes espectros políticos, também criticaram a decisão, transformando o caso em um debate nacional sobre humor político, censura e o papel da mídia na era digital.
O papel da Disney e o futuro de Jimmy Kimmel
De acordo com fontes próximas à empresa, a decisão de trazer Jimmy Kimmel de volta foi aprovada pelo CEO da Disney, Bob Iger, e por Dana Walden, copresidente da Disney Entertainment. Segundo eles, a medida não se baseou em pressões externas, mas sim no que seria melhor para a companhia.
Ainda não está claro se o apresentador fará um pedido de desculpas em seu retorno. No passado, nomes como David Letterman, Bill Maher e Samantha Bee já precisaram recuar após comentários polêmicos.
O futuro de Kimmel também segue incerto. Seu contrato com a ABC expira em 2026, e há rumores de que ele possa deixar o comando do talk show antes disso.