Jane the Virgin conquistou uma legião de fãs ao longo de cinco temporadas. Mesmo que o que dá nome a série já tenha mudado, parece que nem isso atrapalha o sucesso do seriado. Além disso, o show nos mostra a cada capítulo que não é preciso muito para agradar o público, pelo contrário. Basta juntar um elenco de qualidade, um roteiro criativo, uma dose de realidade e pronto, sucesso garantido.
Mas afinal, o que difere a série protagonizada por Gina Rodriguez de outras de mesmo gênero?
Aparições especiais de famosos
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Sim, essa ao lado de Gina Rodriguez é ninguém menos do que Britney Spears. Enquanto a produção se preocupava em fazer a história fazer sentido, encontrou maneiras de inserir rostos conhecidos na trama. Ao longo de quatro temporadas, nomes como Bruno Mars, Juanes, Kesha, Adam Rodriguez, Mario Lopez e Spears deram as caras na série. E embora isso não seja uma grande novidade, a maneira como tais celebridades foram inseridas na história é a grande questão. Cenas como esta acima são apenas um exemplo do que se esperar.
É a forma mais simples de entretenimento
Sim, as pessoas gostam mesmo de dançar na série. Mas acima de tudo, é visível que o elenco está se divertindo enquanto atua. Jane the Virgin é uma série extremamente simples, sem muitos efeitos visuais e grandes cenas de ação. Contudo, a forma orgânica como a trama é construída apenas nos aproxima dos personagens. É provável que você inclusive se imagine em diversos momentos, passando por tudo aquilo que os atores estão passando. A história é fictícia, ao mesmo tempo em que transborda realidade. A família de Jane enfrenta problemas reais, do tipo que milhares de cidadãos norteamericanos têm de enfrentar em seu dia a dia. Mas é claro que eles encontram um espaço para nos entreter e nos fazer dar altas gargalhadas. Embora sejam vinte episódios por temporada, é impossível não querer mais, ainda mais com os grandes plot twists no final de cada episódio.
O elenco feminino
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Jane, Alba e Xiomara são a alma da série. Juntas, criam o relacionamento mãe, filha e avó que muitas mulheres gostariam de ter. A parceria entre elas é incrível e extremamente divertida, principalmente quando o assunto é sexo. Alba é bastante católica, enquanto Xiomara é bem moderna em suas atitudes. E mesmo que alguns homens surjam em suas vidas ao longo da história, não há como negar o poder feminino ali. O destaque é tanto, que embora Jane dê nome a série, o protagonismo é certamente é dividido na família Villanueva.
O elenco masculino
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Não tínhamos como falar de Jane the Virgin sem mencionar Michael, Rogelio e Rafael. A série é tão incrível que consegue atribuir a função de protagonista a mais de uma pessoa, e isso não é feito de forma forçada. Em determinado momento da trama, percebemos que somos dependentes de todos os personagens, sem exceção. Visto que o seriado é voltado principalmente para o lado feminino, ter o trio acima é fundamental. Eles ajudam a moldar a história, além de construí-la ao lado das mulheres.
Rogelio De La Vega
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O público brasileiro deve reconhecer o ator por conta de seu papel em A Feia Mais Bela, novela do SBT de 2006. Mas se você é dessa época e espera ver algo parecido, esqueça. Rogelio De La Vega é único!
O personagem de Jaime Camil merece um destaque só para ele. Afinal, se um dia Jane the Virgin acabar – o que sabemos que irá acontecer – é possível que Rogelio ganhe seu próprio seriado. Vale a pena assistir aos 20 episódios por temporada só por causa dele! Me arrisco a dizer inclusive, que De La Vega é sem dúvidas o melhor personagem da série. Ele é bobo em boa parte do tempo, mas tal característica deve ser levada para o lado positivo. Ele não é nada humilde e quando resolve evidenciar o quão maravilhoso é, tenha certeza que gargalhadas virão por aí.
Mas é claro que o personagem também tem seus momentos sentimentais, e dá conselhos surpreendentemente bons. Ao lado de Gina Rodriguez e Andrea Navedo, ele protagoniza alguns dos diálogos mais emocionantes da trama. E o que falar das hashtags maravilhosas que De La Vega cria? Nos faz querer que ele realmente existisse no twitter!
Lições importantes
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Quando Jane the Virgin foi ao ar anos atrás, os Estados Unidos ainda não tinham seu atual presidente. Mesmo que não fosse o assunto principal, o elefante branco na sala envolvendo a cidadania de Alba sempre esteve presente. A série procurou lidar com os mais diversos assuntos, desde os mais simples até aqueles que atrapalham a vida de tanta gente. A aceitação de imigrantes, por exemplo, se tornou frequente mais recentemente com a eleição de Trump. E a série faz questão de mostrar seu apoio a volta do Presidente Obama. Além disso, Alba faz questão de nos ensinar muito com suas palavras. A experiência da mais velha das Villanueva a deixou preparada para muitas decisões, embora algumas sejam bem radicais. Nestes casos, cabe a nós rir da reação de sua filha e sua neta.
Mateo
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Este talvez seja um pequeno spoiler, mas vale a pena. Como é possível saber nos primeiros capítulos, Jane fica grávida mesmo sem ter transado. O resultado disso é o nascimento de Mateo Gloriano Rogelio Solano Villanueva. O nome complicado do menino já é uma diversão por si só, mas nada nos preparava para o que estava por vir. Enquanto ainda não falava, a criança era apenas fofa por natureza. Contudo, depois que aprendeu a falar, Matelio se tornou um dos melhores personagens. Uma pena que o intérprete do menino mudou na quarta temporada, pois Joseph Sanders era hilário. Elias Janssen é igualmente adorável, mas você vai entender nossa preferência quando assistir a série.
Se esses motivos ainda não te convenceram a ver Jane the Virgin, dê uma chance para a série. Gina Rodriguez, Justin Baldoni, Andrea Navero, Jaime Camil, Yael Grobglas, Ivonne Coll, Brett Dier e muitos outros, certamente vão te surpreender.
A quinta e última temporada de Jane the Virgin estreia na Netflix na próxima segunda-feira (06).