Gen V
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Gev V volta mais explosiva em ambiciosa na segunda temporada

Gen V estreou em setembro de 2023, com sua primeira temporada se passando entre a terceira e a quarta temporada de The Boys. Ela é a terceira série da franquia, ao lado da série principal e da minissérie de animação para adultos, The Boys Presents: Diabolical. A série acompanha os estudantes Supers da Universidade Godolkin enquanto eles lutam com problemas de identidade, seus superpoderes e experimentam com suas sexualidades. A primeira temporada foi bem recebida durante seu lançamento por enriquecer a franquia e alimentar a narrativa abrangente de The Boys, e parece que a segunda temporada promete fazer isso ainda melhor.

Já se passaram dois anos desde a estreia da primeira temporada de Gen V e com o retorno, percebemos que não há uma queda no segundo ano para esses estudantes superpoderosos, a série que continua a se construir de forma eficaz e significativa sobre os alicerces de The Boys. Após o final da primeira temporada, o destino dos nossos heróis era incerto. Agora, eles retornam após um salto temporal. Os jovens protagonistas conseguiram sair de Elmira, após terem sido presos por se rebelarem contra a Vought International e se reencontram aos poucos ao longo dos primeiro episódios.

A série começa com um flashback de 1965, no qual um grupo de cientistas se prepara para injetar em si mesmos um líquido azul, que, para os fãs fica óbvio que é uma versão inicial do Composto V, que confere superpoderes à eles, enquanto um membro rebelde da equipe corre para detê-los. Mas quando o Dr. Thomas Godolkin (Ethan Slater) arromba a porta trancada do laboratório e confronta seus colegas de jaleco, é tarde demais. Eles tomaram a substância e coisas estranhas acontecem. 

Então, voltamos ao presente. Marie (Jaz Sinclair) começa o segundo ano da série foragida e buscando por sua irmã, ao mesmo tempo está sendo procurada, não apenas pelos colegas, mas também por vários super-heróis que trabalham para a Vought. Jordan (London Thor e Derek Luh), Emma (Lizze Broadway) e Cate (Maddie Phillips) retornam para a Universidade Godolkin. Eles estão todos cheios de traumas para lidar e com um novo mistério que precisam descobrir: o que é o Projeto Odessa. A série leva algum tempo para reconstruir seu ritmo narrativo nos primeiros episódios. Felizmente, o foco no drama em sala de aula e nas classificações escolares desaparece gradualmente ao longo da segunda temporada, com as apostas aumentando gradativamente na segunda metade desta temporada de oito episódios.

Pouco antes do início das gravações da segunda temporada, o ator Chance Perdomo, que interpretava Andre, faleceu em em decorrência de ferimentos em um acidente de moto. Por conta dessa fatalidade, a série foi reescrita, matando também o personagem, mas ao mesmo tempo se utilizando do roteiro para reconhecer e homenagear também o ator. No primeiro episódio da segunda temporada, não existe momentos em que sua ausência não seja sentida e a série não tenta fingir que esta não é uma grande perda. Sean Patrick Thomas retrata grande parte da dor que se torna central para a série como o pai de Andre, garantindo que Perdomo não seja esquecido pela série, pelos personagens ou pelo público. Até o último episódio, Andre é constantemente lembrado.

Lidar com a perda é apenas mais um obstáculo que esses jovens injetados com uma droga experimental sem seu conhecimento ou consentimento, têm que enfrentar no caminho traiçoeiro para a vida adulta. Esta é uma série sobre jovens feridos e traumatizados que se rebelam contra um sistema corrupto e descobrem quem realmente deveriam ser. É notável como os roteiristas tiveram o cuidado de desenvolver esses personagens, que retornam mais maduros. Embora o elenco sempre tenha tido química, cada um dos jovens atores aqui melhorou com a segunda temporada, criando um conjunto que funciona como uma máquina bem lubrificada, porém delicada.

Como em qualquer projeto de super-heróis, é preciso um bom vilão. Hamish Linklater se tornou um destaque imediato como Cipher, o novo reitor da Universidade Godolkin. Ele é um homem misterioso que esteve envolvido em coisas horríveis e que acredita que os humanos são cidadãos de segunda classe, pregando a supremacia dos super-heróis. Porém, apesar do destaque, ele é apenas mais uma face terrível das muitas que a Vought possui. Cipher também é enigmático, ninguém sabe quem ele é, quais são seu poderes e o que motiva seu ódio intenso por aqueles que ele considera inferiores. São questões que fornecem amplo impulso narrativo e que foram sendo resolvidas ao longo da temporada, claro, acompanhada por uma reviravolta digna desse universo. 

Com The Boys cada vez mais próxima de sua temporada final, ela e Gen V parecem estar se fundindo em uma única história com um destino compartilhado. Inclusive, a nova temporada conta com a presença de Irmã Sage (Susan Heyward) e Annie January (Erin Moriarty), a líder exilada da resistência e bode expiatório da Vought, antes conhecida como Luz-Estrela. E, assim como a série original, Gen V é uma série com muito a dizer sobre o nosso clima político atual – e não é nem um pouco sutil no uso de alegorias. Embora o último episódio pareça encerrar as coisas rapidamente, a recompensa vale totalmente a pena. E para aqueles que assistem pela violência extrema e humor sarcástico, a segunda temporada não decepciona nesse aspecto – as cenas bizarras e o sangue já aparecem logo de início.

A segunda temporada de Gen V está disponível no catálogo do Prime Video.

4

Ótima

A segunda temporada de Gen V não decepciona, trazendo histórias interligadas e revelações emocionantes. Mais uma vez a confiança e amizades entre os protagonistas são testadas em uma jornada explosiva, ambiciosa e imprevisível, com sua representação de violência, sátira e abuso de poder que são puro entretenimento.

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