Evangeline Lilly (Lost, O Hobbit e Homem-Formiga) esbanjou simpatia e encantou centenas de fãs que acompanharam o painel da atriz no último sábado (05) na Comic-Con Experience.
Lilly veio ao Brasil para divulgar o seu livro infantil “Os Molambolengos”, recém-lançado pela Editora Aleph. A atriz se surpreendeu com o calor dos Brasileiros, eloginando o público que vibrava a cada resposta. “Vocês são mais entusiasmados do que San Diego (EUA)”, disse.
Durante o painel Lilly comentou sobre as dificuldades de sair Canadá e viver longe da família no Hawai, onde a série foi gravada:
O trabalho era estressante, foi difícil na primeira temporada, ao final dela eu estava dando entrevistas em Nova York, promovendo a série… E eu estava num hotel tomando banho, mas chorando falando com meus pais na banheira. “Eu quero desistir, e meus pais disseram: Que se danem esse pessoal, vamos te dar uma canja, venha para casa minha filha!”
Em Lost, Kate teve um desenvolvimento muito bacana, ela começou como uma fugitiva, depois ela muda muito, de maneira inesperada, se tornando mãe. Quando você começou as filmagens você imaginou que a Kate teria tido essa linha de progressão?
Definitivamente não. As pessoas me perguntavam: Será que você poderia ter feito outra personagem? E eu dizia: Eu faria a Claire, adoraria fazer uma mãe e brincar com bebês e meu desejo se tornou realidade. Teve um menino que fez o papel, os bebês são sempre diferentes, mas o menininho é sempre o mesmo ator, e eu te digo que esses foram os melhores episódios para mim, porque te tira do trabalho, quando você trabalha com uma criança de dois, três anos. Realmente foi incrível. Mas confesso que não esperei, também não imaginei que uma fugitiva se tornaria uma mãe.
Houve um momento no painel que perguntaram a preferência de Lilly. Jack ou Sawyer? Com toda a sua simpatia, Lilly: “OK, vamos fazer este jogo novamente” seguindo a pergunta para o auditório que em 90% escolheram Sawyer com o preferido.
Lilly não aguentou e caiu na gargalhada. “Brasil odeia Jack é isso? Porque vocês são caubóis, vocês gostam de uma coisa meio brusca, meio diferente”.
Evangeline Lilly confessou que até ela ficou confusa com o desenrolar da série:
Quando li o roteiro, achei que sabia o que estava acontecendo, e aí veio a segunda temporada… e eu não sabia mais o que estava acontecendo. E na quarta eu disse: Não dá para assistir mais, estou totalmente perdida.
Prometendo responder apenas uma vez sobre o final da série, Lilly deu sua opinião:
A série passou seis anos levantando perguntas. E no final as pessoas estavam ali esperando qual é a resposta. E de uma certa forma foi como se fossem fiéis na igreja olhando para o padre e perguntando: Qual é a resposta. E o padre diz: Vou dar a resposta para vocês e vocês me dão seu dinheiro. Não quero dizer isso para falar mal da igreja, mas a nossa série não era uma religião para te dar uma resposta, a ideia era fazer com que você visse o que isso significava para você encontrar a sua própria resposta e ter orgulho disso.
“Sim!, Eu adorei, realmente gostei muito do final.”
Evangeline se declarou “totalmente geek” ao falar da personagem Tauriel, de “O Hobbit”, a quem atribuiu a oportunidade de interpretar “a melhor coisa do mundo”. “Sou fã da saga, eu sonhava em ser uma elfa desde os 13 anos de idade. Fazer a Tauriel, que não está nos livros, foi uma oportunidade de participar de uma criação dentro de um universo pronto”, afirmou.
Sobre o papel da Vespa em “Homem-Formiga”, ela disse que nunca havia assistido a um filme da Marvel, mas ficou intrigada quando soube da participação de Paul Rudd. Em seguida, despistou sobre a sequência, programada para 2018. “Ainda não sei do roteiro, mas gostaria que ela tivesse um filho. E que sua mãe fosse Michelle Pfeifer”, brincou.
Foto: Heu VI! (Helvecio)