Crítica | Ritmo lento e poucos episódios prejudicam a primeira temporada de Castlevania

Depois de tentativas inestimáveis de realizar live-actions, a adaptação do game Castlevania chega no melhor formato possível: animação estilo anime e na Netflix. Com a produção de Adi Shankar e escrita pelo quadrinista Warren Ellis, a série animada possui a mesma elegância do game da Komani, mas há um erro que custou caro neste início.

A Netflix e os produtores optaram por dividir a série em duas partes. Este primeiro ano com apenas quatro episódios para um fechamento de arco na segunda temporada recém anunciada com oito episódios.

Depois de uma belíssima introdução contando a história de Vlad Drácula Tepe, a série demora para engrenar com um ritmo lento. Deu a entender que tudo foi reservado para o próximo ano quando tinha potencial e eficiência arco já neste ano.

A série tem como fonte o game Castlevania III: Dracula’s Curse de 1990. Na trama, Conde Drácula reúne um exército de criaturas da noite para destruir toda a raça humana. Cabe a Trevor Belmont, o último descendente de uma família de caçadores de vampiros, excomungado pela Igreja, a deter a ameaça.

Os primeiros episódios são focados em Trevor Belmont, que demora a aceitar sua missão. O personagem é apresentado como arrogante, prepotente e querendo fugir da origem de sua família. Nota-se um trauma e rancor pelo passado, que a série pecou em não explorar neste arco. Somente ao final do terceiro episódio que Trevor aceita seu destino e mostra ser o herói que a comunidade precisa. Contudo, o grande destaque da série é para Alucard, filho do Drácula, que se torna aliado de Trevor. Apesar dos poucos minutos em cena, o personagem apresenta os melhores diálogos e o mesmo charme visto no jogo.

Ao final, a primeira temporada de Castlevania deixa uma boa impressão. Faltou acreditar mais na série, mas o visual visceral, o estilo anime e a edição de som (tentem assistir a série ouvindo pelo fone, vão se surpreender) deixa uma enorme expectativa para o próximo ano.

3

Bom

Ao final, a primeira temporada de Castlevania deixa uma boa impressão. Faltou acreditar mais na série, mas o visual visceral, o estilo anime e a edição de som (tentem assistir a série ouvindo pelo fone, vão se surpreender) deixa uma enorme expectativa para o próximo ano. 

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