Crítica | Ragnarok – 1ª temporada

Reprodução/Netflix

Ragnarok é o mais novo drama de super-herói da Netflix, em mais uma tentativa de expandir a plataforma em outros pólos. A produção norueguesa adapta o fim do mundo da mitologia nórdica, conhecida por inúmeras adaptações. As mais recentes são Thor: Ragnarok (2017), filme da Marvel Studios, e o premiado game God of War (2018).

A versão da Netflix adapta Ragnarok para os dias atuais. A trama apresenta Magne (David Stakston), um adolescente norueguês desajeitado que se muda para uma cidade chamada Edda, com sua mãe e irmão Laurits (Jonas Strand Gravli). Ao chegar na nova cidade, Magne percebe que eventos estranhos estão acontecendo em Edda. Com ajuda da nova amiga da escola, a ativista Isolde, o garoto descobre que as geleiras estão derretendo e peixes estão morrendo. Maus presságios são abundantes no local. Quando Magne se depara com uma velha em um supermercado, ele começa a ter visões e percebe que possui poderes. Logo, o garoto está envolvido em uma disputa antiga entre o Bem e o Mal, que irá definir o destino do mundo. Além disso, ele precisar lidar com a nova turma do ensino médio.

É bem claro que a intenção da série é atrair o público jovem, seguindo formato de High School, puberdade, o primeiro amor e outras temas já batidos. Contudo, a série acerta em sua atmosfera. A narrativa explora com eficiência temas políticos e sócio-ambientais, com Edda à mercê de uma família rica que controla toda a cidade. A família se chama Jutul, uma clara referência aos gigantes, inimigos eternos de Odin e Thor. Tudo é montado para estabelecer um paralelo com a mitologia nórdica.

Os primeiros seis episódios da temporada focam no desenvolvimento de Magne, o jovem Thor. Assim como nas histórias clássicas, o Deus do Trovão é conhecido pela força bruta de Asgard. Desprovido de esperteza, Thor se torna um alvo fácil das artimanhas do irmão Loki, o deus da Trapaça. Laurits, a versão de Loki na série (que lembra um pouco Tom Hiddleston), está sempre pregando peças e se aproveitando da ingenuidade de Magne.

O problema da narrativa de Ragnarok é segurar todas as tramas. Não há nenhum desfecho nos seis episódios, tudo para garantir uma segunda temporada. Um risco já que a Netflix está sendo rigorosa com suas produções. E Ragnarok não parece que vai cair nas graças do público como The Witcher.

A primeira temporada de Ragnarok apresenta potencial, mas pouco dele foi explorado. Há falhas em seu ritmo, episódios que perdem tempo em tramas que pouco se desenvolvem como o destinado a família Jutul. Ao final, é uma série confusa, mas que ainda consegue um mínimo de diversão devido aos personagens.

3

Bom

A primeira temporada de Ragnarok apresenta potencial, mas pouco dele foi explorado. Há falhas em seu ritmo, episódios que perdem tempo em tramas que pouco se desenvolvem como o destinado a família Jutul. Ao final, é uma série confusa, mas que ainda consegue um mínimo de diversão devido aos personagens.