Crítica | O Príncipe Dragão apresenta uma história inovadora e fascinante

Das mentes criativas de Avatar: A Lenda de Aang e Uncharted, O Príncipe Dragão chegou sob muita expectativa bem antes das primeiras imagens ou teasers serem apresentados. Não é por menos, tanta a série animada como a franquia de games criaram um universo rico e uma narrativa instigante.

Os primeiros minutos de O Príncipe Dragão são suficientes para prender o público tamanho o seu nível de qualidade, enquanto aos poucos revela que seus objetivos são ambiciosos com apenas 9 episódios em sua primeira temporada.

A série

Com apenas alguns minutos, o começo da série consegue ambientar de maneira efetiva o cenário de O Príncipe Dragão. Uma batalha que perdura por 1.000 anos envolvendo seis elementos místicos e, o surgimento de um novo –  A Magia Negra. Os anos de guerra dividiram a terra entre o reino dos humanos e os Elfos da Moonshadow. A busca pela paz reúne um trio improvável com dois príncipes, um deles adotivo, e uma elfa assassina que partem para uma jornada que pode selar o fim dos reinos de guerra.

Callum, Ezra e Rayla

Callum é o filho adotivo do Rei, enquanto Ezra é o filho natural. Por mais que o clichê de inveja pelo posto do trono possa indicar, os irmãos mantém uma relação fraterna saudável. O mesmo não pode se dizer de Rayla, uma elfa assassina criada para odiar os humanos. Contudo, quando ela hesita em matar, ela perde o orgulho de sua raça vivendo agora uma batalha individual. A partir daí, O Príncipe Dragão abriga pequenas histórias enquanto constrói o mundo e conecta as lutas individuais de cada personagem, enquanto se preparam para o grande clímax. A jornada de Rayla, Callum e Ezran para entregar em segurança o ovo do Príncipe Dragão de volta para casa é além do que evitar a guerra. A jornada do trio envolve amadurecimento e o quanto a guerra pode cegar ao ponto de criar uma rivalidade sem sentido entre humanos e elfos, que deveriam viver em harmonia. Mas a sede pela ganância e poder destruíram essa relação.

 Aaron Ehasz, Giancarlo Volpe e Justin Richmond

Após deixar a empresa de games Naughty Dog, Justin Richmond não se envolveu com O Príncipe Dragão por acaso. Além da série da Netflix, o responsável por Uncharted visa expandir esse universo para os games. Durante os nove episódios e as prováveis próximas temporadas, há várias dicas de que há pano suficiente para sustentar essas ambições.

O roteirista Aaron Ehasz e o diretor Giancarlo Volpe apostam em uma narrativa não só destinada ao público infantil. Mesmo com os pés no chão em não deixar a série sombria demais por existir os temas de traição, guerra e etc, O Príncipe Dragão se revela como um mundo onde não há o lado certo e errado. Cada um terá sua perspectiva, pois humanos e elfos são falhos. Discussões que atraem o público de todas as idades.

O que achamos?

Na falta de tantas animações criativas e empolgantes, O Príncipe Dragão é uma boa aposta da Netflix. Aventura, personagens carismáticos, visual impecável e uma trilha sonora empolgante que delineia o espírito único da história. Por mais que exista comparações, entres eles Caverna do Dragão, a série foi capaz de apresentar elementos novos de forma coesa e segura. O hype que existia antes do lançamento da série agora é uma realidade. Que venha a segunda temporada!

5

Excelente

Na falta de tantas animações criativas e empolgantes, O Príncipe Dragão é uma boa aposta da Netflix. Aventura, personagens carismáticos, visual impecável e uma trilha sonora empolgante que delineia o espírito único da história. Por mais que exista comparações, entres eles Caverna do Dragão, a série foi capaz de apresentar elementos novos de forma coesa e segura. O hype que existia antes do lançamento da série agora é uma realidade. Que venha a segunda temporada!