Crítica | Jessica Jones – 3ª temporada

Reprodução/Netflix

A terceira temporada de Jessica Jones encerra a parceria de quase 5 anos entre a Marvel e Netflix. Ao lado de Demolidor, a série da investigadora particular foi a mais longeva (com três temporadas cada uma). Não é por menos, foram os personagens que melhor se adaptaram ao formato série com tramas envolventes e captando o tom violento e soturno dos quadrinhos.

Contudo, a última temporada de Jessica Jones resume o que foi o universo Marvel na Netflix. Foram muitos altos e baixos. A terceira temporada começa animadora apresentando um vilão que chega quase no nível de Kilgrave, mas depois se perde em uma reviravolta desnecessária.

A série começa a partir do final da segunda temporada com Jessica Jones (Krysten Ritter) e Trish (Rachael Taylor) em conflito após o destino trágico da mãe de Jones. Com habilidades recém-adquiridas, Trish decide se tornar uma vigilante. Mas ao contrário da irmã, ela está disposta a matar qualquer pessoa má, algo que Jessica sempre evitou.

Quando Jessica Jones cruza com Erik (Benjamin Walker), um homem capaz de sentir a maldade na mente das pessoas, ela se depara com o mundo dos chantagistas e, Sallinger (Jeremy Bobb), um homem calculista, inteligente e disposto a mostrar para a sociedade que a investigadora particular é uma fraude.

Os episódios envolvendo Sallinger são os melhores da série. O vilão tem a consciência de que na força física será incapaz de derrotar Jones. Então, de forma cuidadosa, ele mostra como a imprensa e opinião pública são manipuláveis quando uma boa história é criada. E sua história não apresenta defeitos. E a forma como se preparou para o contra-ataque não deixa vestígios de que estão diante de um serial killer.

Ferida gravemente após um ataque, Jessica Jones está mais frágil. Assim, a série reserva episódios mais detetivescos do que nas temporadas anteriores. A forma como vai desvendando o passado de Sallinger e os crimes que ele cometeu são instigantes. Krysten Ritter repete uma atuação segura e nos episódios finais carrega a série nas costas, quando acontece uma reviravolta que deixa a trama arrastada. 13 episódios foram demais para o terceiro ano.

Com a participação de um velho conhecido no episódio final, Jessica Jones se despede com um saldo regular. Fica a sensação de que as séries de todos os Defensores (principalmente Luke Cage e Punho de Ferro) não foram objetivas e pecaram pela falta de ritmo e temporadas com mais episódios do que deveria. Foi uma lição aprendida para qual caminho seguir, se, acontecer uma possível nova adaptação desses vigilantes.

3

Bom

A última temporada de Jessica Jones resume o que foi o universo Marvel na Netflix. Foram muitos altos e baixos. A terceira temporada começa de uma forma instigante apresentando um vilão que chega quase no nível de Kilgrave, mas depois se perde em uma reviravolta desnecessária.