Crítica | Elseworlds: Mesmo diante de limitações, crossover empolga

A CW fez da midseason finale de seus heróis da DC um grande evento para os fãs. Muitos desses fãs (adolescentes) não acompanhavam Arqueiro Verde, Flash e Supergirl nos quadrinhos. Mas respeitando o legado desses heróis, a emissora com Greg Berlanti e cia se comunicaram com esse público, que representa a grande audiência da emissora. 

O resultado são séries que podem não agradar os fãs antigos com seus 30 e poucos anos. Mas se forem assistir Elseworlds, vão entender que, pelo menos, o universo dos heróis e suas origens estão intactas. 

Elseworlds

O episódio dividido em três partes aprofunda o conceito de multiverso apresentado em The Flash. Tudo começa quando Barry Allen (Grant Gustin) e Oliver Queen (Stephen Amell) acordam uma manhã e percebem que trocaram de corpos um com o outro, ambos partem para descobrir o que perturbou a linha do tempo para causar tal mudança. No entanto, as coisas vão de mal à pior quando eles apresentam a situação para a Equipe Flash e a turma não acredita neles. Barry e Oliver percebem que eles precisam da Supergirl para ajudá-los, e viajam para Smallville na Terra-38 onde encontram o primo de Kara, Clark Kent (Tyler Hoechlin) e  a intrépida repórter Lois Lane (Elizabeth Tulloch), que faz sua primeira aparição no Arrowverse. O responsável pela mudança da realidade é John Deegan (Jeremy Davis) manipulado pelo vilão Monitor (LaMonica Garrett). O paradeiro dos dois os levam para Gotham City, onde encontram um novo vigilante: Batwoman (Ruby Rose). 

Sexta-Feira Muito Louca

O filme de 2003 estrelado por Jamie Lee Curtis e Lindsay Lohan é mencionado de forma corriqueira nos episódios. Barry Allen se torna o Arqueiro Verde, enquanto Oliver Queen se torna The Flash. A mudança de corpos proporcionam divertidos momentos. Porém, há espaço para o plano dramático quando ambos percebem o que cada um está enfrentando na vida pessoal. Não é fácil ser Oliver Queen assim como não é fácil ser Barry Allen. Valores são questionados de uma forma bem orgânica. Stephen Amell e Grant Gustin desempenham ótimas performances. 

Batwoman

O momento mais esperado do crossover é a introdução de Gotham City, antes só citado em alguns episódios de Arrow e Supergirl. Agora conhecemos a cidade pela primeira vez. Porém, de forma misteriosa, Batman/Bruce Wayne deixou a cidade. Kate Kane, prima de Bruce, está no controle do que restou das empresas Wayne e assume o papel de vigilante como Batwoman. 

A introdução da heroína foi de forma rasa (com muito a ser desenvolvido na série própria que será ainda lançada), mas Rose convence no papel. Ela trouxe carisma e personalidade, que logo cativa Supergirl. A parceria inicial das duas abre espaço para futuros crossovers por uma simples, mas importante frase dita por elas: “World’s finest”, referência à HQ protagonizada por Batman e Superman.

Superman/Lois Lane

Outra novidade que aqueceu os corações dos fãs é a primeira aparição de Lois Lane ao lado de Clark Kent/Superman. A interação entre Tyler Hoechlin e Elizabeth Tulloch lembra Christopher Reeve e Margot Kidder.
Tulloch está bem mais a vontade no papel do que Amy Adams no cinema, que age como uma simples coadjuvante. Em Elseworlds, Lois Lane é protagonista, ajuda Superman e todos os outros heróis.

O destino de Superman e Lois Lane no final do episódio abre espaço para uma potencial série.  

Vilões

Apesar dos esforços de LaMonica Garrett, sua interpretação como Monitor não foi bem desenvolvida, assim como o ótimo John Davies, que também passa batido no crossover. Ao final, fica a sensação que a presença dos dois foi apenas para justificar o grande evento que está por vir em 2019.

O que achamos?

Para os padrões da CW que não usufrui de um grande orçamento, Elseworlds trouxe um especial empolgante para os fãs das séries, que neste ano deixou de fora Legends of Tomorrow.

Foi mais uma oportunidade para mostrar que não é nada de outro mundo unir vários heróis de diferentes universos. Basta ter uma boa história pra ser contada. E até o momento, a CW realiza com sabedoria.

Ps.: O três episódios de Elseworlds serão exibidos no Brasil amanhã na Warner Channel, a partir das 22h50 (horário de Brasília).

4

Ótimo

Para os padrões da CW que não usufrui de um grande orçamento, Elseworlds trouxe um especial empolgante para os fãs das séries, que neste ano deixou de fora Legends of Tomorrow.

Foi mais uma oportunidade para mostrar que não é nada de outro mundo unir vários heróis de diferentes universos. Basta ter uma boa história pra ser contada. E até o momento, a CW realiza com sabedoria.