Não é só de séries americanas e britânicas que se faz sucesso, e a nova série norueguesa Skam (Vergonha, em norueguês), é a prova disso. Muitos sites estão divulgando o show como uma versão mais atual de “Skins“, será?
A série fala sobre um grupo de jovens, estudantes do ensino médio da escola Hartvig Nissen, instituição de ensino elegante, localizada no bairro de Frogner, em Oslo. Lidando sobre assuntos recorrentes da adolescência, como sexualidade, lutas, busca por sonhos, cada temporada procura centralizar em um personagem em particular, narrando tudo sobre seu ponto de vista.
Qual o grande diferencial de Skam, que a faz ter tanto sucesso? Um ótimo uso da internet e redes sociais como parte do programa. Todos dias o site oficial divulga um pequeno vídeo contendo uma cena da vida do protagonista em questão, como se fosse uma live, já que a cena estaria acontecendo naquele momento. Por exemplo, se uma festa acontece as 2 da manhã, será as 2 da manhã que o pequeno vídeo será postado. Toda sexta feira, esses pequenos vídeos são reunidos e se transformam em um só episódio exibido no canal NKR.
Além disso, os personagens possuem instagrams pessoais, onde fazem postagens de fotos com amigos, além de compartilhar coisas sobre a série, como memes. Outra interação acontece por meio do site oficial, onde conversas entre os personagens são postadas, no mesmo momento em que acontecem na história. Legal não?
A primeira temporada possui 11 episódios, e conta a história de Eva Mohn e seus amigos Noora, Vilde, Sana e Chris.Focada na vida de Eva, descobrimos a difícil relação da jovem com seu namorado Jonas. Noora é o centro da segunda temporada e após desmaiar em uma festa, ela acorda nua e sofrendo ameaças de ter suas fotos divulgadas. A temporada atual é a terceira, e o foco está em Isak, um jovem cuja sexualidade está começando a desabrochar. Ele está descobrindo a homossexualidade e, por consequência, todo o preconceito e dificuldades que vem junto dessa decisão.
Um dos pontos mais elogiados da série é a identificação com os problemas cotidianos da vida de um adolescente gay, estrangeiro ou que tenha sofrido algum abuso e transtorno. Desde 2015, Skam se tornou um fenômeno na Noruega, sendo assistida por até mesmo 1,3 milhões de espectadores, em um país com população de 5 milhões.
Não pensem que os personagens são mega estrelas, como nos seriados americanos! Alguns mantém outros empregos paralelos para ajudar nas contas, como Josefine Frida Pettersen (Noora) que é atendente de telemarketing. A popularidade, porém, não para de crescer e os jovens estão causando problemas para obter novos conteúdos. Muitos estão deixando de ir para escola, comer ou dormir, apenas para ficar atualizado sobre as últimas coisas postadas!
Com toda essa interação, fica difícil discernir o real do fictício, e talvez seja por isso que o público de Skam esteja aumentando. Nenhuma emissora internacional comprou os direitos da série, pelo menos até agora, então é bem mais difícil ser fã morando no Brasil. É possível achar a série com legenda em português pelos métodos ‘não convencionais’.
