Bom Dia, Verônica da Netflix Bom Dia, Verônica da Netflix

Bom dia, Verônica | Revolução feminina marca o final da série

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Para quem acompanha a série Bom Dia, Verônica desde a primeira temporada na Netflix, se choca logo na primeira cena com um suicídio de uma mulher que chega a delegacia para denunciar um abuso sofrido por um homem – enquanto Verônica tenta, sem sucesso, impedir a fatalidade.

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O rosto ensanguentado da protagonista marca, como um gatilho, os aspectos que ela deve seguir na trama. A luta para combater o abuso e violência contra mulher.

Metendo a Colher

Série da Netflix
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Em busca de respostas, Verônica, interpretada por Tainá Muller, entra em uma investigação incansável – onde o primeiro vilão de uma máfia e, talvez, um dos mais temidos da série – Brandão, interpretado por Eduardo Moscovis, é um torturador de mulheres, espanca a esposa Janete, interpretada por Camila Morgado e, socialmente, chega ser visto como um ótimo profissional e ser humano. Nesta temporada, mais do que nunca, Verônica mostra que em “briga” de marido e mulher, se mete a colher. Ela vira uma verdadeira pedra no sapato de Brandão. No fim da mesma temporada, a protagonista encontra uma fotografia com três jovens que usam o pseudônimo CosmeDamião e Doúm. É, então, que ela percebe que ainda há muito mistério (e trabalho) a ser feito.

Derrubando o falso profeta

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Ao longo da trama, ao descobrir que a máfia protege outros nomes – também criminosos, ela se depara com outro tipo de abusador. Neste caso, Matias, interpretado por Reynaldo Gianecchini. Na segunda temporada, cutucando as entranhas das igrejas no Brasil, o vilão é também um líder da igreja que abusa não somente fiéis, mas mulheres da própria família. O embate cresce entre Verônica, a fé de pessoas incrédulas nessas injustiças e a proteção que cerca Martins. Porém, é no final desta temporada que a personagem consegue salvar – com vida, algumas das principais vítimas, como Ângela, filha do pregador, interpretada por Klara Castanho e sua “mãe”, que também é Gisele, interpretada por Camila Márdila,  e se motivar a destruir, até o fim, a máfia.

Alerta de spoilers: não continue se você ainda não assistiu a terceira temporada de Bom dia, Verônica

Convocando às Amazonas

Bom Dia, Verônica da Netflix
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É na terceira temporada que Verônica fica ainda mais cega de fúria e faz de tudo para desvendar o último pilar desse mistério mafioso. Com a ajuda dos seus amigos policiais, ela chega a um nome crucial, que é Jerônimo, interpretado por Rodrigo Santoro. Este vilão não é tão óbvios quanto os outros e ela demora perceber que ele pode ser também um dos mais perigosos.

Sedutor, inteligente e multimilionário, ele se conecta com a natureza de forma ímpar e a chama para conhecer sua casa, em uma fazenda, que é quando ela começa a levantar as suspeitas – mas logo é desarmada. Isso porque Jerônimo sabe bem como lidar com feras, profissional estudioso em comportamento – mesmo que animal, ele faz Verônica ceder aos seus encantos. Quando ela percebe, já está presa em sua teia e descobre que o esquema vai muito mais longe do que imaginava, seja com violência, morte, abuso e tráfico humano.

É neste capítulo do último episódio que, após uma reviravolta, Verônica mostra sangue nos olhos e consegue de uma maneira surpreendente – atingir o alvo. Sem dúvida, com a ajuda das vítimas de Jerônimo, como amazonas cavalgando rumo a guerra e, bem armadas para fuzilar seus abusadores, é uma das partes mais emblemáticas da série.

A revolução das Mulheres em Bom dia, Verônica

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O final é surpreendente já que, após a calma teoricamente se restabelecer, Verônica se dirige a uma espécie de comunidade secreta, atravessando corredores e esbarrando em mulheres que já foram salvas por ela, parando em frente a um painel de rostos de alvos riscados.

Após, Verônica se dirige a um contêiner – que com o apoio de suas novas parceiras de predação, rasga a garganta de mais um abusador, finalizando a cena com o rosto ensanguentado, só que desta vez, com uma expressão muito diferente do início da série, como quem acolhe satisfeita a própria natureza, a de caçadora.