Antes mesmo de começar esta análise, já quero dizer que ao final, eu gostaria de guardar esse episódio em um potinho. Com certeza The Queen’s Justice entra como um dos melhores da série, pois não há como deixar de lado todos os encontros e reencontros que ele proporcionou.
E além disso, as coisas mais importantes estavam acontecendo nos bastidores e isso é Game of Thrones, tudo o que leva até as batalhas é muito mais saboroso do que as batalhas em si e vemos isso na batalha em Rochedo Casterly narrada por Tyrion com toda a sua inteligência, mas, não está dando muito certo para a Mãe dos Dragões, até quando o anão terá sua total confiança? Afinal, eles que estavam com a vantagem, perderam seus aliados mais importantes com planos vindos daquela mente brilhante.
Vamos começar?
Pedra do Dragão
O que foi trabalhado ao longo de toda série, não precisava de mais enrolação para acontecer, Jon Snow chega a Pedra do Dragão com Davos Seaworth e são recebidos por Tyrion, um rosto amigável, Dothraki, uma demonstração de força e Missandei, a estrangeira que aconselha a rainha.
A desconfiança é mútua, Daenerys o faz entregar as armas, os dois homens desarmados vão até a Rainha com mais títulos do mundo. Ficou bem engraçada a montagem da cena, com Davos não sabendo o que responder a tanto adjetivo.
Antes disso, a construção de confiança entre Jon e Tyrion passa pelo assunto Sansa e seu casamento não consumado com o anão. Em mais um episódio que a história de Westeros é evocada, tudo o que se foi vivido, mesmo que em tempos que nem presenciamos na série, é importante para tudo que está acontecendo agora.
Melisandre, mais uma vez, sai de cena após fazer o que achou necessário, ainda sem muita fé, a Mulher Vermelha sente-se orgulhosa por ter cumprido um papel importante, ela foi a responsável por unir gelo e fogo, afinal, essas são as crônicas de gelo e fogo, não é mesmo? A conversa com Varys deixa claro que Mel se sente culpada por seus erros (R.I.P. Shireen) mas ainda tem um papel a desempenhar, ela volta, e, para morrer. Quando? Não sabemos.
E como é muita história, Dany mostra que estudou direitinho e evoca o juramento dos Starks a Aegon Targaryen, um juramento eterno. Mas que Jon, um bastardo, não se vê muito tentado a cumprir. Importante ela pedir perdão pelos crimes de seu pai, assim como Tyrion conversa com Jon, os filhos nem sempre sai aos pais, né não?
O primeiro encontro entre Jon e Daenerys é interrompido pelas más notícias da vitória de Euron, algo que Tyrion não previu. Theon parece ter algum papel ainda nesse grande jogo, mesmo estando enfraquecido pelas diversas torturas sofridas, como está vivo, provavelmente encontrará algum tipo de redenção para seus atos.
Porto Real
Euron chega aclamado pelo povo com Yara, Ellaria e uma das Serpentes de Areia. Ele gosta desse poder. E continua a provocar Jaime Lannister o tempo todo que está em sua presença. Não parece que o comandante da frota e o do exército da rainha vão se dar bem em algum momento. Euron consegue uma promessa de casamento, Cersei diz que casa quando a guerra for ganha.
Cersei frente a frente com a assassina de sua filha. Toda a maldade da leoa é colocada para fora quando se trata de vingança. Ellaria Sand realmente matou uma inocente sem necessidade e é claro que toda fúria da Lannister cairia sobre ela. Mas com a rainha dos sete reinos, nada é simples, ela é ardilosa para o mal. Vamos confessar, dá um gostinho de ver. Qyburn, o mestre dos venenos!!
Jaime, depois de tudo o que aconteceu, ainda não resiste à Cersei e agora, ela nem faz questão de esconder o “amor” dos irmãos. Que digam, que pensem, que falem…
O Banco de Ferro aparece para cobrar as dívidas da Coroa. Cersei lembra que os Lannister sempre pagam suas dívidas e mostra que não é só Tyrion que é um Lannister inteligente, a mulher é muito estrategista!! E só vamos saber depois…
Pedra do Dragão
Voltando a Pedra, Tyrion convence Jon a fazer um pedido que seja razoável. Pois ele sabe que construir uma relação de confiança não é assim tão fácil. Ou seja, para quem esperava um encontro de amigos entre Jon e Dany viu que vai ser muito mais difícil uma aproximação. Mas o Mão da Rainha está lá para fazer esse meio de campo e Jon recebe a permissão para levar o que foi buscar: vidro de dragão.
Winterfell
Sansa está desempenhando seu papel no Norte. Mostra-se uma verdadeira governante. E o mais importante, as tiradas com Mindinho continuam. Ainda assim, Peter continua a sussurrar em seus ouvidos.
E sem alardes, o reencontro mais querido do episódio, Bran Stark está em casa!! Que longa jornada a do menino que agora, nem mais Stark é, ele é o Corvo de Três Olhos e por mais difícil que seja explicar, seus poderes serão muito úteis para a guerra que está por vir. Sansa assustou-se com o que o irmão contou a ela no lindo cenário da árvore coração. Achei fofo que ela prontamente abriu mão de seu poder para o irmão, mas, como disse acima, Bran tem um papel mais importante do que apenas governar o Norte.
Cidadela
Jorah é curado e liberado para servir sua Khaleesi. Sam é sentenciado a ler e transcrever velhos pergaminhos. Alguém dúvida de que assim ele descobrirá coisas muito relevantes para ajudar na guerra contra os Outros? Eu não!
Rochedo Casterly
O conhecimento de Tyrion dos esgotos, dado a ele por seu pai como forma de desprezo é essencial para a tomada de Rochedo Casterly. A cena da batalha narrada pelo Lannister pode ter sido um corte de orçamento, mas foi tão bem feita que ficou muito melhor do que gastar tempo em cena com a batalha em si. Afinal, a vitória teve mesmo um gosto bem amargo. Cersei deu um nó no irmão mais novo e liberando o Rochedo, foi atacar outras bandas… e umas bandas cheias da grana.
Jardim de Cima
Jaime com a maior parte do exército Lannister (que lindas as armaduras) deixou o lar desprotegido em busca de algo que seria muito mais valioso: ouro. Os Tyrell desprotegidos sucumbiram a esse ataque surpresa.
Jaime aprendeu com Robb a ser um comandante muito melhor. Em um episódio com conversas memoráveis, ficou para o fim uma das melhores. Jaime e Olenna Tyrell falam de seu amor pela irmã e sua possível ruína. O amor de Jaime é realmente cego e ele já sabe que isso não pode ser bom.
A espada de Joffrey, Lamento da Viúva, faz uma aparição para que Olenna depois de sua sentença de morte (alô, Qyburn dos venenos) confesse o assassinato do reizinho mais odiado dos 7 Reinos. A velha Tyrell caiu, mas caiu atirando!!
Enfim, um episódio que prezou por poderosos encontros e diálogos importantes, que mostrou que Daenerys não é invencível, aliás, ela acumulou mais uma derrota, o que, definitivamente, a fará mudar de estratégia e colocar seus filhos no jogo. The Queen’s Justice é um marco, e que venham os outros cinco.