3% | Primeiras impressões da série brasileira da Netflix

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A Netflix liberou dois episódios (o primeiro e o quinto) do thriller pós-apocalíptico que se passa no Brasil em um futuro não muito distante. No primeiro episódio, bem introdutório, somos apresentados aos protagonistas, que tentam o acesso ao Maralto, lugar em que vive apenas 3% da população. Podemos ver também a situação precária em que vive os 97%, com fome e falta de todas as necessidades básicas.

Sabemos que não é uma trama inovadora, pois há algum tempo produções que visam debater a sociedade por meio da distopia pipocam por aí, como Jogos Vorazes, Divergente e Elysium, mas ainda assim, é interessante acompanhar como isso se desenvolverá no Brasil.

Para acessar a vida perfeita, as pessoas passam por um rigoroso processo seletivo quando chegam aos 20 anos. Ezequiel (João Miguel) é o responsável pelo processo que decide a vida dessas pessoas.

Como em toda sociedade desigual, em 3% surge um grupo de rebeldes que questionam a ordem vigente e no processo seletivo, conseguem infiltrar um deles. Uma pena que pude sacar logo quem era a pessoa infiltrada, gosto muito quando a trama surpreende e ainda não foi o caso.

O quinto episódio é melhor do que o primeiro, porque é um recorte da história,  buscando profundidade e pano de fundo para um dos personagens, ali já é possível fazer uma reflexão sobre essa sociedade em que muitos são deixados para trás em nome da perfeição.

Houve pequenos incômodos, como algumas atuações que ainda não me convenceram e a trilha sonora, forçando uma brasilidade em cenas em que a música não se encaixava em nada.

Mas no geral, é uma série que vale a pena acompanhar pra ver no que vai dar, pois a produção e fotografia não deixam nada a desejar.

Dirigida por César Charlone – de O Banheiro do Papa e diretor de fotografia de Cidade de Deus -, a primeira temporada, com oito episódios, vai ao ar no mundo inteiro nesta sexta-feira (25).

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