X-Men Segunda Gênese X-Men Segunda Gênese

Resenha: X-Men Segunda Gênese

A Coleção da Editora Salvat de Clássicos Marvel trouxe para o leitor brasileiro a oportunidade de conhecer algumas obras da editora que não eram publicadas há muito tempo. Contos de Asgard, Nascimento de Ultron, o Doutor Estranho de Steve Englehart, Nick Fury de Jim Steranko. Clássicos dos quadrinhos estadunidenses, obrigatórios para os fãs da nona arte. Um dos clássicos é X-Men Segunda Gênese, de Len Wein e Dave Cockrum.

Os X-Men estavam no limbo, no início dos anos 1970. A fase de Roy Thomas e Neal Adams – inclusa nessa coleção em dois volumes, Crepúsculo dos Mutantes e A Sombra de Sauron – foi bastante elogiada, mas demorou para dar o retorno desejado nas vendas. O título foi cancelado enquanto estava numa ascendente, fazendo Thomas desejar reviver o título. Os próprios X-Men nunca ficaram esquecidos no universo Marvel, fazendo diversas participações especiais. O Fera, por exemplo, após uma mudança de visual entrou para os Vingadores.

Foi decidido que os mutantes voltariam com uma formação diferente, multiétnica e multinacional. Dos X-Men originais, apenas Ciclope permaneceria como líder. Dois coadjuvantes de histórias antigas, Solaris, um japonês, e Banshee, um irlandês, seriam incorporados a equipe. Os quadrinhos da Marvel também faziam muito sucesso no Canadá, então o primeiro super-herói canadense também estaria presente. Criado por Wein e John Romita, Wolverine estreou pouco antes nas páginas do Hulk, mas já estava prometido para estar entre os novos X-Men.

A equipe criativa que Thomas, agora editor-chefe, reuniu era bastante capacitada: Wein e Cockum eram experientes e capacitados. Cockum trabalhou antes com a Legião dos Super-Heróis – supergrupo da DC Comics que o Superman participou quando era jovem, bastante conhecidos pelo grande número de participantes – e aproveitou alguns layouts que não foram aproveitados para criar novos personagens. Surgiram daí Noturno, um alemão,Colossus, um russo,Pássaro Trovejante, um nativo americano, e Tempestade, uma africana.

Voltam os X-men!

Lançada em maio de 1975, Giant Size X-Men #1 trazia a história Segunda Gênese. Os X-Men Anjo, Homem de Gelo, Garota Marvel, Destrutor e Polaris são capturados, com apenas Cíclope consegue fugir, ainda que sem conseguir explicar exatamente o que aconteceu. o Professor Xavier então reúne uma nova equipe para resgatar os seus pupilos. Eles descobrem que os X-Men foram capturados por algo chamado Krakoa, a Ilha Viva, que deseja se alimentar das energias dos mutantes.

O sucesso fez o título X-Men voltar as bancas, com Chris Claremont nos roteiros e Cockrum nos desenhos. As primeiras edições estão nesse encadernado da Salvat. O primeiro arco conta com os Sentinelas, clássicos inimigos dos X-Men, como vilões. No final, uma das principais histórias da história dos mutantes, Jean Gray, a antiga Garota Marvel, faz o sacrifício supremo para salvar seus amigos. Ela morre e renasce como a Fênix, um ser com poderes quase divinos.

Para aqueles que são fãs dos X-Men, ou de quadrinhos clássicos, esse X-Men Segunda Gênese é obrigatório. Ele serve como preparação para a aclamada fase de Claremont e John Byrne dos mutantes, que conta com a Saga da Fênix Negra e Dias de Um Futuro Esquecido, e para basicamente tudo que veio depois para eles. Até hoje essas edições ecoam na mitologia dos X-Men. Confira!

A Fênix, primeiro como aliada