O Silêncio da Cidade Branca resgata os clássicos livros de thriller policial. Aqueles que te prendem na primeira página e que te mantém conectado à história até descobrir todos os mistérios da narrativa. Não é por acaso que o livro da autora espanhola Eva García Sáenz de Urturi vendeu mais de 1 milhão de cópias pelo mundo, originando um filme lançado pela Netflix.
Lançado pela editora Intrínseca, o livro é o primeiro da trilogia Cidade Branca que mistura os gêneros policial e suspense em um thriller macabro envolvendo crimes aterrorizantes acontecendo na cidade de Vitoria, no País Basco. Natural da cidade, Eva instiga o leitor a se interessar pelos pontos turísticos da região. Haverá momentos em que você será motivado a dar uma olhada no Google pra conhecer os locais de Vitoria citados no livro. Além disso, a autora demonstrou ter se aprofundado em mitologia e arqueologia. Todos esses elementos são cruciais para a construção de uma narrativa que mantém um ritmo pulsante na medida que segredos vão sendo desvendados.
O Silêncio da Cidade Branca mistura duas linhas de tempo separadas por duas décadas. A história começa quando Tasio Ortiz de Zárate, uma celebridade local que está prestes a sair da cadeia depois da acusação por ter cometido crimes macabros que assustaram a comunidade de Vitoria há 20 anos atrás. Coincidência ou não, nos dias que antecedem sua soltura, casais começam a aparecer mortos em locais históricos da cidade, com os mesmos traços das mortes anteriores. Todas as vítimas têm idades múltiplas de cinco, sobrenomes compostos originais da região e seus corpos são expostos sem roupas nos espaços públicos.
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Será que Tasio tem um pupilo? Serão seguidores? Ou Tasio estava comandando os crimes dentro da prisão? Essas perguntas vão ficar na cabeça do leitor desde o início.
A narrativa é sob o ponto de vista de Unai López de Ayala, um especialista em perfis criminais que no passado era um jovem aficionado pelos crimes de Tasio. Com a ajuda da detetive Esti, eles embarcam em uma jornada perigosa e misteriosa.
Há capítulos que misturam de forma intencional as duas linhas de tempo. É quando o passado está interligado ao presente. Assim, Unai precisará remexer no passado para desvendar os mistérios dos novos crimes. Seus métodos causam desconforto e geram desconfiança na polícia.
No mais, O Silêncio da Cidade Branca é um livro instigante e apaixonante. Eva García Sáenz de Urturi cria uma atmosfera que deixa o leitor compenetrado na narrativa. É apenas o primeiro capítulo de uma trilogia. Já estamos prontos para os próximos. Já nos conquistou.