Red Sonja: A Balada da Deusa Ruiva marca o retorno dos artistas Roy Thomas (A Espada Selvagem de Conan) e Esteban Maroto (Cinco por Infinito, Espadas & Bruxas), que ajudaram a popularizar a guerreira há mais de 40 anos, tirando ela da sombra de Conan. Com colaboração de Santi Casas (Injustiça, Batman: Caos em Arkham City), a obra foi publicada originalmente na Espanha em 2018 pelo Planeta Cómic e republicada em 2019 nos EUA pela Dynamite Entertainment.
No Brasil, a obra chegou em uma edição inédita de capa dura pela editora Pipoca & Nanquim. O plus nessa edição é a presença de A Sombra do Abutre, a única história sobre Red Sonja publicada por Robert E. Howard (criador de Conan) em 1934, que introduziu a personagem ao universo do cimério.
Red Sonja: A Balada da Deusa Ruiva é uma história bem curta, servindo de introdução para aqueles que estão se ambientando pela primeira vez nesse universo. Além disso, é uma nova origem que foi dada para a guerreira ruiva.
Como o próprio título entrega, a narrativa segue a balada de um bardo para o maléfico Rei Thallos sobre uma guerreira ruiva que está indo em busca de todos aqueles que fazem mal aos inocentes. E o Rei déspota está nessa lista.
A arte dessa HQ está impecável misturando o estilo clássico de Esteban Maroto com o mais atual de Santi Casas, que realizou boa parte do conceito artístico da obra.
Sobre o conto A Sombra do Abutre, é interessante como a personagem era bem diferente no início, sendo chamada inicialmente de Sonya por Howard. Era a semente para o nascimento de uma incrível e popular personagem que se tornou protagonista nos quadrinhos da Marvel.
Se você nunca leu nada sobre Red Sonja, A Balada da Deusa Ruiva será uma ótima porta de entrada. Além disso, a personagem vai ganhar uma adaptação live-action estrelada Hannah John-Kamen (Homem-Formiga e a Vespa). A origem de Red Sonja apresentada nessa HQ deveria ser aproveitada no longa.