Ler é Bom, Vai! Blade: A Lâmina do Imortal – Vol. 5 Ler é Bom, Vai! Blade: A Lâmina do Imortal – Vol. 5

Ler é Bom, Vai! Blade: A Lâmina do Imortal – Vol. 5

Um dos volumes mais profundos e impactantes até agora

Com o quinto volume de Blade: A Lâmina do Imortal, Hiroaki Samura nos conduz por uma narrativa visceral e profundamente emocional, onde temas como lealdade, sobrevivência e as cicatrizes do passado são explorados de forma brutalmente honesta. Este volume é um marco na obra, tanto pelo desenvolvimento dos personagens quanto pela intensidade de suas situações, que frequentemente testam os limites do leitor. Desde já, é importante reforçar o alerta de gatilhos, pois este capítulo mergulha em territórios sombrios, especialmente ao abordar a tortura e o abuso sofridos por Hyakurin.

Ler é Bom, Vai! Blade: A Lâmina do Imortal – Vol. 5

O enredo se expande em múltiplas direções, com a Ittō-ryū de Anotsu Kagehisa consolidando seus movimentos políticos. A aliança com o xogunato traz novas oportunidades, mas também exige sacrifícios e alianças questionáveis. A proposta de casamento entre Anotsu e a herdeira de um dojo em Kaga adiciona uma camada de intriga à narrativa. A relação da jovem com seu pai e com o legado do estilo Shingyōtō-ryū levanta questões sobre identidade e submissão às tradições. Samura brinca com as expectativas dos leitores, apresentando uma trama que vai muito além da simples busca por poder.

Paralelamente, o foco em Hyakurin e Shinriji aprofunda nossa compreensão sobre os integrantes da Mugai-ryū. Pela primeira vez, suas histórias de origem são reveladas em detalhes dolorosos, mostrando que eles são mais vítimas de um mundo cruel do que vilões. O passado de Hyakurin é particularmente impactante, marcado por perdas e traumas que a transformaram na mulher endurecida que conhecemos. No entanto, sua jornada atinge um ápice devastador neste volume, quando é capturada por membros da Ittō-ryū. As cenas de tortura e abuso são graficamente explícitas e provocam um profundo desconforto, algo que Samura parece fazer de propósito para expor a brutalidade do período e a vulnerabilidade de seus personagens.
Apesar da violência, há momentos de ternura e esperança. O flashback que explora a relação entre Hyakurin e Shinriji é uma das partes mais emocionantes da obra até agora. O desejo de Shinriji de construir um futuro com Hyakurin, mesmo que ela não compartilhe da mesma visão, cria um contraste com o presente sombrio em que eles vivem. A conclusão desse arco é ao mesmo tempo trágica e bonita, destacando como Samura é capaz de equilibrar o caos com pequenas centelhas de humanidade.

Outro ponto alto deste volume é o reencontro entre Manji e Taito Magatsu. Os dois, outrora inimigos, agora compartilham um objetivo em comum: derrubar Shira, um dos personagens mais repulsivos apresentados até aqui. A sequência de ação que se segue é um exemplo perfeito da maestria de Samura ao desenhar batalhas dinâmicas e cenários detalhados, que dão vida à ambientação feudal da obra. A luta não é apenas um espetáculo visual, mas também carrega o peso emocional dos envolvidos, tornando cada golpe significativo.

O volume culmina em um clímax que deixa o leitor ansioso pelo próximo capítulo. Samura continua a explorar temas complexos e perturbadores com uma honestidade que poucos mangakás ousam empregar. Mais do que uma história de vingança, Blade: A Lâmina do Imortal é uma obra sobre resiliência, sacrifício e a constante batalha contra os demônios internos e externos. Este volume, em particular, destaca-se como um dos mais profundos e impactantes até agora, reafirmando o lugar de Hiroaki Samura entre os grandes contadores de histórias dos mangás.


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