Em seu sétimo volume, Blade: A Lâmina do Imortal – Vol. 7 nos conduz ao coração pulsante da jornada de Rin e Manji, chegando exatamente à metade dessa épica saga de sangue, redenção e escolhas impossíveis. Hiroaki Samura continua a provar por que sua obra se tornou um marco nos mangás seinen, não apenas pelo traço visceral e pela brutalidade gráfica de suas batalhas, mas principalmente pela densidade moral e psicológica que recai sobre seus personagens. Este ponto da história traz novos contornos para a busca de vingança, explorando sentimentos conflitantes, marcas emocionais e a eterna dúvida sobre até onde vale a pena seguir pelo caminho da violência.
Do ponto de vista narrativo, a trama se intensifica quando a fuga de Anotsu e Rin é brutalmente interrompida pela investida dos espadachins da Shingyoutou-ryu. O líder da Ittou-ryu, debilitado e sem forças para lutar, parece à beira da derrota, e Rin, frágil em meio à brutalidade de tantos guerreiros, se vê incapaz de resistir sozinha. É nesse instante de tensão máxima que Hiroaki Samura constrói um dos momentos mais marcantes do volume: quando tudo parecia perdido, surge o inesperado – ou, para Rin, o mais esperado de todos – Manji, o samurai imortal. Seu retorno ao campo de batalha não é apenas um recurso narrativo, mas um gesto simbólico que une novamente a promessa de proteção, a luta contra a injustiça e o dilema moral de salvar também um inimigo.
Samura trabalha magistralmente o conceito de vingança e suas consequências. Rin, a jovem que deveria estar consumida apenas pelo ódio e pela dor da perda de seus pais, começa a dar sinais de dúvida, revelando uma camada humana e complexa ao hesitar em eliminar Anotsu naquele momento. Essa breve suspensão do desejo de sangue se torna um dos pontos centrais da narrativa, pois demonstra como a vingança, mesmo quando justificada, pode corroer não apenas o inimigo, mas também quem a carrega como fardo. Já Manji continua a ser a figura trágica e redentora: um guerreiro condenado à imortalidade que vê no sofrimento atual uma forma de expiar seus pecados do passado, onde a espada foi tanto ferramenta de sobrevivência quanto de destruição.
Visualmente e narrativamente, Blade: A Lâmina do Imortal – Vol. 7 segue mantendo seu ritmo intenso, equilibrando sequências de ação sangrentas e visceralmente coreografadas com momentos de profunda reflexão. A cada página, fica claro que Samura não está interessado apenas em criar confrontos espetaculares, mas em explorar o impacto que esses duelos têm sobre a alma dos personagens. Essa profundidade é o que diferencia a obra de outros mangás do gênero e a coloca em um patamar de clássico moderno.
Em suma, Blade: A Lâmina do Imortal – Vol. 7 marca um divisor de águas dentro da história, pois não apenas mantém a intensidade da narrativa, mas também a enriquece com dilemas éticos e emocionais que tornam Rin e Manji personagens inesquecíveis.
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