Crítica | Fallout 4 – Pegue seu Pip-Boy e venha se aventurar por Wasteland

Depois de ser mostrado na E3 desse ano, Fallout 4 era puro hype para os gamers de todos os consoles. Finalmente, o game foi lançado e todos os aficionados por um bom apocalipse nuclear já podem se aventurar por Wasteland e explorar tudo que este vasto mundo desolado pode oferecer, desde lutas com monstros gigantes, até um bom trabalho de engenharia ou agricultura.

Um dos pontos mais altos de Fallout 4 é a sua história. O enredo trata do tema do holocausto nuclear de uma forma instigante e que realmente deixa o jogador pensativo. Some isso a mistura de passado e futuro que torna o presente do game da Bethesda, no mínimo curioso (tvs antigas dividem espaço com mordomos robôs com vários braços). Apesar de a premissa da narrativa ser simples: um pai procurando seu filho, o desenvolvimento da mesma é digna de elogio.

Em relação a jogabilidade, é aqui que Fallout 4 mais se complica. Por ser mais um RPG do que um shooter tradicional, a experiência é um tanto complexa e muito mais desafiadora. Alguns jogadores mais desavisados podem estranhar o modo peculiar de como o game se desenrola. Mesmo com essa dificuldade acima da média, a última obra da Bethesda consegue te prender por várias horas e, logo você se acostuma com os perrengues que permeiam os exploradores de Wasteland.

A vastidão desse mundo pós-apocalíptico permite o jogador realizar as mais diversas tarefas. É possível fazer parte dos Minutemen, uma companhia militar que presta homenagem a organização homônima dos colonos norte-americanos durante os eventos da Guerra de independência dos Estados Unidos, e ajudar vários sobreviventes durante suas viagens, convencendo-os a fazer parte de seu assentamento.

O assentamento ou Sanctuary é outra parte fundamental do game. Nele, você deve cuidar da comunidade trazendo mais pessoas, fazendo agricultura, criando imóveis e todos os tipos de tarefas para se criar uma pequena cidade. Entretanto, se nada disso for o suficiente, ainda é possível se focar exclusivamente na excelente história principal do game.

Os gráficos são bem bonitos, mas não chegam a impressionar. Muitas vezes, é notório a sensação de um game de geração passada, que apenas recebeu um upgrade. Essa impressão fica mais evidente nos personagens secundários que destoam muito do capricho do protagonista e dos ambientes. Outro defeito evidente é a falta de sincronismo das legendas (estão totalmente em português, mas nada de dublagem) que chega a ser irritante e bizarro em algumas situações.

Fallout 4 é um bom jogo, entretanto, sua jogabilidade complexa torna a experiência um pouco exaustiva. Os bugs de sincronismo de fala e a falta de capricho nos modelos dos personagens secundários são falhas incompreensíveis para um jogo de tamanho orçamento. Sem falar a falta de inovação se o compararmos a seu antecessor. Apesar desses problemas, o game diverte e traz todas as oportunidades que o holocausto nuclear pode oferecer.

Confira o trailer de lançamento:

https://www.youtube.com/watch?v=9AFQ7MhGNqA

Fallout 4 está disponível para PlayStation 4, Xbox One e PC.