A cultura pop está cada vez mais interligada, com filmes, músicas e games em uma constante conexão. Portanto, não é de se estranhar que a relação entre música e jogos tenha sido tão íntima. E nem estamos apenas falando de títulos que possuem o som como foco principal, caso de títulos como Guitar Hero e Let’s Sing. A simbiose entre esses dois tipos de mídia pode ser muito mais sutil do que você imagina.
Desde os primórdios
A década de 1990 foi marcante para o mundo dos games. Nos primeiros anos, a explosão da era 16bit dominava o gosto das crianças e jovens e um novo (e gigante) mercado começava a se criar. Já no final da década, títulos com muito mais apuro gráfico começaram a aparecer, mostrando que aquilo não era apenas uma fase, mas sim um novo nicho que nascia.
E com a evolução da tecnologia, é claro que o som dos games também mudaria. Se até o momento o público apenas conhecia as músicas em formato MIDI ou versões muito simplificadas de canções reais, como em Rock N’ Roll Racing, agora os jogos começavam a ganhar suas próprias trilhas compostas por sucessos da época.
Foi nesse momento que as duas indústrias formaram uma união que tem dado certo até hoje. Há muitos exemplos de títulos memoráveis e que são marcados pela excelente trilha sonora. Alguns deles são:
Tony Hawk’s Pro Skater
Essa série de jogos foi uma verdadeira febre nos anos 2000 e trazia consigo toda a cultura do skate para dentro das telinhas. Com ela, as músicas que faziam parte desse universo também chegaram e ficaram marcadas por toda uma geração. Algumas das principais canções dos jogos foram “Blitzkrieg Bop”, dos Ramones, “Superman” do “Goldfinger” e “Not the Same” do Bodyjar.
Need For Speed
Outro grande clássico da década de 2000 e que faz sucesso até hoje. Os jogos que traziam a cultura das corridas de rua dos Estados Unidos também contavam com trilhas sonoras que adicionam camadas ao ambiente e ajudavam na imersão. Algumas das faixas icônicas que fizeram parte desses títulos foram a versão de “Riders On The Storm”, interpretada por Snoopy Dog com samples do The Doors, “In My Head”, do Queens of the Stone Age e “Give it All”, do Rise Against.
As referências da música
Mas se os jogos se aproveitavam da música para fazer ainda mais sucesso, o caminho inverso também sempre aconteceu. As referências a games em canções são muito mais comuns do que imaginam, principalmente quando se trata de títulos que já eram consolidados antes do mundo digital, como é o caso do poker.
É bem verdade que o poker online é um dos games mais queridos dos últimos tempos, mas a fama desse esporte da mente não aconteceu do dia para a noite. O poker, na verdade, é um dos jogos de mesa mais famosos de todos os tempos, tanto que suas referências na cultura pop são muitas.
Muitos artistas que também são fãs do jogo já o citaram em alguma música direta ou indiretamente. Podemos pegar os exemplos mais clássicos como o “Ace of Spades” do Motörhead, que relaciona o prazer de viver intensamente com o prazer de jogar, utilizando a carta “Ás de espadas” como metáfora para tudo isso e “Viva Las Vegas” do rei do rock, Elvis Presley, que cita diretamente o poker quando fala da famosa cidade.
Além delas, podemos falar também de outras canções que fazem a relação dos comportamentos em um jogo de poker com a maneira em que as pessoas agem dentro de um relacionamento, como “The Jack”, do AC/DC e “Poker Face”, da Lady Gaga.
Obviamente, ter referências em músicas não é uma exclusividade do poker. Outros games também foram mencionados ao longo da história como o clássico Sonic, com as músicas “Big Bank”, interpretada por YG com 2 Chainz, Big Sean e Nicki Minaj e “You Be Tails, I’ll Be Sonic”, da banda A Day to Remember, que faz uma referência mais direta aos personagens do jogo. Além desses, podemos citar canções que referenciam os jogos digitais de maneira mais genérica como “Videogames”, da cantora Lana del Rey e “Nerdy”, do Busted.