O Poltrona Nerd esteve presente na Brasil Game Show, cobrindo toda a edição do maior evento de games da América Latina em 2015, e conseguimos colocar nossas mãos na continuação do reboot de Tomb Raider, da Square Enix. Estivemos no estande da Xbox e entramos em uma grande área guardada por um cosplay perfeito da musa dos games, Lara Croft, para somente então jogar Rise of the Tomb Raider.
Neste mesmo estande, tivemos acesso a um demo do game. A demo, já disponibilizada anteriormente pela Square no YouTube, abre com Lara sendo guiada por um homem de carro quando ocorre uma sequência explosiva ao melhor estilo dos filmes de ação nos anos noventa. Então, em questão de minutos, depois que tudo vai para os área e nossa Lara Croft está perdida no meio do nada, cabe a heroína escalar um penhasco no deserto e entrar em alguns becos desconhecidos. Então tomamos controle da personagem.
Avançando por um lugar misterioso, cheio de caveiras e portando uma tocha, descobrimos que Rise of the Tomb Raider não é tudo o que parece ser. Através de diversos trailers já liberados e alguns gameplays disponibilizados, temos a noção de que muita coisa está diferente de seu antecessor e que existem grandes avanços em matéria de jogabilidade e até mesmo gráfico. Infelizmente, não é possível confirmar nenhum destes avanços. Quando tratamos em matéria de gráfico, é sempre um grande risco falar sobre em uma demo incompleta. Ainda existem trabalhos a serem feitos, poligonos a serem polidos e uma grande extensão de modificações que podem ocorrer para deixar o jogo mais belo ou mais suave de rodar no console. Este último, no entanto, não pareceu ser um problema. Não há falhas de cenários ou pixels trancando o jogo, qual rodava em full HD.
Apesar disto, dificilmente poderemos considerar Rise of the Tomb Raider um avanço em jogabilidade. O jogo nos trouxe a mesma sensação do primeiro. Estamos controlando uma nova Lara Croft, qual continua tão inexperiente como antes – apenas um pouco mais preparada – e que não faz coisas absurdas. Os golpes e comandos continuam iguais, não há modificações de armas e Lara continua no “mais do mesmo” resumidos a fugir, escalar, resolver quebra cabeças para uma nova escalada e fugir novamente. Não existe grande dinâmica e o jogo não procura evoluir além do clássico: novas armas e novas áreas.
Rise of the Tomb Raider também não apresentou grandes dificuldades, sendo que a demo pode ser terminada dentro do tempo limite do estande e parece um pouco enjoada devido à continuação de ações (escapar de armadilhas em seu caminho, inundar locais para conseguir chegar em um ponto mais alto, escalar e, claro, fugir). É uma infelicidade que uma sequência tão esperada e um dos grandes AAA do ano se pareça tanto com o que já vimos e já jogamos. O reboot da franquia foi lindo, mas não queremos repeti-lo, e sim ver Lara Croft evoluindo para o nível badass que já estamos tão familiarizados. De protagonistas azarados já temos Nathan Drake e ele tem seu próprio charme.
Rise of the Tomb Raider precisa se tornar melhor, ser uma verdadeira sequência e não algo repetitivo. Ainda há um longo caminho e pouco tempo para isso.
Rise of the Tomb Raider será lançado exclusivamente para Xbox One em novembro.