Se Barbenheimer foi o fenômeno cultural de 2023, a chegada de Wicked: Parte II certamente se consolidou como o evento mais aguardado de 2025. Após o gigantesco sucesso do primeiro capítulo em 2024, que surpreendeu o público pouco familiarizado com a peça da Broadway, a expectativa para a conclusão era altíssima.
A espera valeu a pena. O diretor Jon M. Chu entrega um final que não apenas honra o material original, mas o expande de forma emocionante e visualmente deslumbrante. A decisão de dividir a história em duas partes, assim como na obra teatral, provou-se acertada. Wicked: Parte II retoma a jornada de Elphaba (Cynthia Erivo) e Glinda (Ariana Grande) exatamente onde paramos, mergulhando em uma narrativa mais densa e complexa.
O roteiro, que respeita o destino já conhecido dos personagens, consegue, ainda assim, surpreender inúmeras vezes, explorando as consequências das escolhas feitas no primeiro filme.

As Estrelas de Wicked: Uma Química Inesquecível
O coração de Wicked reside na complexa amizade entre suas protagonistas, e a química entre Cynthia Erivo e Ariana Grande é o motor que impulsiona o filme. A amizade das atrizes transcende a tela, conferindo uma autenticidade palpável a cada interação. Elas nasceram para estes papéis.
Cynthia Erivo como a Elphaba de Wicked
Cynthia Erivo oferece uma performance de uma força avassaladora como Elphaba. Seu talento e presença cênica são magnéticos, e seu timbre vocal contrasta perfeitamente com o de sua parceira de cena. Erivo personifica a Bruxa Má do Oeste com uma profundidade que a humaniza, tornando sua jornada compreensível e comovente. Ela é, sem dúvida, a Elphaba de uma nova geração.
Jon M. Chu, que recebeu um diamante bruto nas mãos, soube lapidá-lo com maestria. Ele expande o mundo de Oz com cenários grandiosos e figurinos impecáveis, criando uma experiência imersiva e mágica.
Ariana Grande como a Glinda de Wicked
Ariana Grande, por sua vez, é a personificação de Glinda. Sua evolução vocal e de atuação é notável, distanciando-se da imagem pop de seus primeiros anos. A entrega de Grande ao papel é total, evidenciando a importância que Wicked tem em sua carreira e vida pessoal. Será difícil dissociar a imagem da Bruxa Boa de sua interpretação carismática e multifacetada, um feito notável considerando a icônica performance de Kristin Chenoweth na Broadway.

A Trilha Sonora Mágica de Wicked: Parte II
Como era de se esperar, a música é um pilar fundamental em Wicked: Parte II. Além de revisitar as amadas canções do musical, o filme presenteia o público com composições inéditas. Entre elas, destaca-se The Girl in the Bubble, um solo de Ariana Grande. A canção, provavelmente criada para tornar o longa elegível a prêmios de Melhor Canção Original, é um veículo para o brilho vocal da artista.
Embora as protagonistas sejam o foco, o elenco secundário tem seu momento de brilhar. Jonathan Bailey como Fiyero, Jeff Goldblum como o Mágico de Oz e Michelle Yeoh como Madame Morrible entregam atuações sólidas que enriquecem o universo do filme. A promessa de focar na história das bruxas, deixando os contos de Dorothy e seus companheiros no imaginário, é cumprida com sucesso.

Wicked: Parte II é o filme do ano e a conclusão épica que a história merecia. A franquia, mesmo com apenas dois filmes, certamente ficará no coração dos apaixonados por musicais. A adaptação cinematográfica não só respeita o material original, mas o eleva, oferecendo um novo e poderoso ponto de vista sobre a história da Bruxa Má do Oeste.
O resultado final é uma obra que, para muitos, pode superar até mesmo o livro que a inspirou. Um terceiro filme parece desnecessário; a duologia Wicked se encerra de forma completa e satisfatória.
Excelente
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Wicked: Parte II é a conclusão épica que a história merecia, solidificando a duologia como um marco no gênero musical para uma nova geração. A adaptação cinematográfica honra o material original ao mesmo tempo em que o eleva, oferecendo uma nova e poderosa perspectiva sobre a história por trás da Bruxa Má do Oeste