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Viúva Negra | Compositor revela como a poesia russa influenciou na trilha sonora do filme

Divulgação | Marvel Studios

Em busca da trilha sonora de cinema mais ambiciosa do ano, o compositor de Viúva Negra Lorne Balfe convocou uma orquestra londrina de 118 integrantes e um coro de 60 vozes para cantar letras em russo. E não só qualquer palavra russa inventada: Balfe adaptou a poesia de grandes escritores do século 19 como Alexander Pushkin, Leo Tolstoy e Mikhail Lermontov para seus textos.

Enquanto Viúva Negra é preenchido com o tipo de ação ao qual os fãs de filmes da Marvel se acostumaram, muitas cenas tratam de questões de família e irmandade. O compositor e o diretor do filme Cate Shortland conversaram sobre a história de fundo de Natasha Romanoff (Scarlett Johansson) e sua irmã, Yelena Belova (Florence Pugh).

 

Divulgação | Marvel Studios

Toda conversa que tivemos, desde o início, foi sobre a herança de Nathasha e Yelena” disse Balfe para Variety. “Eu queria escrever músicas que Natasha e Yelena ouviam quando eram crianças. Folk russo era a trilha sonora original – aquela que seus pais cantavam, e que elas absorveram quando crianças.”

“Eu queria que fosse autêntico”, diz Balfe sobre a trilha. “Originalmente, íamos tentar gravar na Rússia. Esse era o meu plano com os coros” mas um cronograma apertado resultou em Balfe empregando o Metro Voices, um coro de Londres.

“A música do Exército Vermelho também foi uma grande influência”, acrescenta Balfe, referindo-se ao famoso coro da era soviética que executava com tanta paixão Folk russo e a música nacionalista. “Eu queria dar a Yelena aquela robustez do Exército Vermelho com seu tema”.

Além de canções para Natasha e Yelena, Balfe também escreveu uma canção para Dreykov (Ray Winstone), o cérebro soviético por trás da Sala Vermelha, que gerou um exército inteiro de Viúvas Negras na narrativa. E para as irmãs cujo relacionamento foi rompido há muito tempo, deve ser consertado para que enfrentem a ameaça global que Dreykov ainda representa.

O que os ouvintes não encontrarão na partitura de Viúva Negra são instrumentos russos clichês como balalaikas ou lembretes semelhantes da era “Doctor Zhivago”. “Meu primeiro pensamento foi: vou pegar 100 balalaikas e gravá-los em Abbey Road”, diz Balfe, irônico, “Mas não combinava com o filme. Você pode ter o conceito no papel, mas pode se tornar uma paródia”.

Em vez disso, Balfe sugere sabores russos com versões sutis, criadas eletronicamente, de antigos instrumentos populares de cordas da Europa Oriental e da Ásia Central como o dombra, o gudok e o hurdy-gurdy.

O filme já está disponível no Disney+.

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