Quando falamos em representatividade na cultura pop o que nós vemos? Muitos comentários negativos, muita coisa ruim e principalmente muito preconceito.
Antes de escrever este texto voltei há algumas notícias para ler os comentários e me assustei com a grande quantidade de preconceituosos. Vou citar alguns casos que acompanhei de perto e, a cada um que lia eu pensava:
“PELO AMOR DE DEUS, VOCÊ NÃO APRENDEU NADA COM AS COISAS QUE VOCÊ CONSOME CULTURALMENTE?!”.
Não vou me aprofundar muito neles, pois não são o foco deste texto, eles só são o primeiro passo.
O primeiro caso a ser comentado foi a escolha do ator Michael B. Jordan como o Johnny Storm do reboot de 2015 para O Quarteto Fantástico.
O segundo caso foi a escolha do ator Finn Jones para ser o personagem Danny Rand, o Punho de Ferro, na série original da Netflix.
O terceiro caso para se lembrar foi a escolha do elenco principal de Caça-Fantasmas.
O que todos estes casos têm em comum? Todos eles foram atacados com comentários preconceituosos e com certa discriminação.
“Um ator negro fazer um personagem loiro de olho azul, que absurdo! Como que um personagem tão forte e másculo como o Punho de Ferro seria interpretado por um ator que fez papel gay em uma série de sucesso mundial? Meu Deus, é sério que vão colocar quatro mulheres para fazer as Caça-Fantasmas? Putz, acabaram de destruir um clássico dos anos 80.”
Confesso que em minha interpretação peguei leve, pois li comentários bem mais maldosos.
A representatividade é importante sim! Quanto maior o número de mulheres em papéis aparentemente para homens, melhor! Quanto maior o número de atores negros em papéis de destaque, melhor! Quanto menos preconceito, melhor!
Quando falamos de representatividade, não estamos querendo forçar você a gostar disso. Queremos mostrar como isso é realmente importante e o quanto isso faz a diferença na vida dessa minoria que sempre foi repreendida. Não sei se vocês lembram, mas no começo deste ano, um menino viu o boneco do Finn de Star Wars e ele se identificou com o mesmo, pois era da cor dele.
Eu fico pensando o quanto todos ainda têm um pensamento errado sobre algo ou alguém. Por que não buscam ver que isso vai ser importante para a população em geral?!
Quantas mulheres não amaram ver a Charlize Theron em Mad Max, quebrando aquele conceito de mulher fraca? É isso que temos que priorizar. O mundo é diversificado, as pessoas são diferentes, as culturas são diferentes.
Eu fico extremamente desanimado quando vejo que pessoas apreciadoras da cultura pop atacam algum ator/atriz por conta do seu gênero ou da sua cor. Que eu saiba ser “nerd”, também não era cool até dez anos atrás.
É um absurdo ver uma minoria, que ganhou força, começar a atacar outra minoria. Precisamos parar e pensar que, quanto mais representatividade houver, mais pessoas podemos alcançar e assim, mais produções serão colocadas em prática.
Novamente volto a falar, representatividade é importante e quanto mais melhor. Vamos pensar mais nisso, vamos pensar o quanto isso é importante para a vida social das pessoas e para a cultura pop.