Pobres Criaturas | Crítica

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Recriar um clássico nunca é fácil. A pressão da concorrência, sucessos anteriores – e também desastres, fazem com que a responsabilidade de recontar uma história seja ainda maior. Pobres Criaturas não chega a recriar, mas sim cria uma nova possibilidade de um destino já conhecido: o da Noiva do Frankenstein. No filme, imaginamos uma realidade em que a criação da Noiva deu certo e ela ganhou uma nova chance de viver. Ela se desenvolve, cresce, amadurece como mulher e vive livre. Quando somamos um bom roteiro a uma atuação magnífica de Emma Stone, Pobres Criaturas resulta em uma excelente produção.

Baseado no livro homônimo de Alasdair Gray, o novo filme de Yorgos Lanthimos presta uma grande homenagem a uma das maiores histórias clássicas dos últimos tempos: o Frankenstein.

A trama aqui é centrada na personagem de Stone, Bella Baxter. Ela é uma criação bizarra do Dr. Godwin Baxter – uma outra ótima atuação de Willem Dafoe, que também carrega no rosto as cicatrizes de procedimentos anteriores. Bella tem o corpo de uma mulher adulta, mas a consciência de uma criança, o que exige muito de Stone a todo o tempo.

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O filme cresce ao ponto que Bella descobre o mundo, tal como uma criança saindo de casa pela primeira vez. O choque para o público – e também o charme de Pobres Criaturas – é ver isso através dos olhos de uma mulher adulta. Ao longo do filme, a relação de Bella e seu pai também nos traz a ingenuidade e a pureza de uma criança, que vê no pai uma referência. Os diálogos entre eles vão mudando a medida que a menina ganha argumentos e vivências e nos pegamos hipnotizados pela transformação de Bella.

Além de mais uma atuação espetacular de Dafoe e um destaque óbvio para Emma Stone. um velho conhecido dos fãs também precisa ser mencionado aqui. Mark Ruffalo vive Duncan Wedderburn, um personagem que aos poucos conquista seu espaço na memória do público. Ele é o complemento que faltava no trio de protagonistas.

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Pobres Criaturas mistura o estilo clássico dos filmes de monstro da Universal dos anos 1930, com adaptações e melhorias necessárias para criar uma atmosfera engraçada e leve durante toda a produção.

3

Bom

Pobres Criaturas mistura o estilo clássico dos filmes de monstro da Universal dos anos 1930, com adaptações e melhorias necessárias para criar uma atmosfera engraçada e leve durante toda a produção.