Com a chegada do lançamento de Oppenheimer nos cinemas, muitas pessoas podem não saber o porquê de Christopher Nolan ter decidido contar sua história. Afinal, por que o personagem de Cillian Murphy foi tão importante para a história?
Julius Robert Oppenheimer foi um renomado físico teórico norte-americano, cujo principal trabalho foi sua contribuição para o desenvolvimento da bomba atômica. Oppenheimer ficou conhecido como ‘o pai da bomba’ após assumir a liderança do Projeto Manhattan durante a 2ª Guerra Mundial, um importante marco na corrida armamentista ao redor do mundo.
A origem de J.R. Oppenheimer
Julius nasceu em 22 de abril de 1904, criado por uma família judaica na cidade de Nova York. Ele se formou em Química pela Universidade de Harvard, mas foi seu interesse no campo da física quântica experimental que o levou para seus projetos futuros.
Após diversos trabalhos publicados, dentre eles a abordagem Born-Oppenheimer, que simplifica o cálculo matemático de moléculas separando o movimento nuclear do movimento eletrônico, ele foi convidado para lecionar na Universidade da Califórnia, em Berkeley.
A bomba atômica
Em 1942, Oppenheimer foi chamado para liderar o Projeto Manhattan, que reunia membros dos Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, com o objetivo de desenvolver a bomba atômica. Ele assumiu a direção do laboratório Los Alamos e coordenou toda a equipe responsável pelo projeto.
Chamada de Trinity, a primeira bomba atômica foi desenvolvida através da física teórica de Oppenheimer, além da mente dos maiores gênios da humanidade naquela épóca. Ele ficou conhecido como o Pai da Bomba Atõmica.
Hiroshima e Nagasaki
Nos dias 6 e 9 de agosto de 1945, os Estados Unidos lançaram as primeiras bombas atômicas da história. Os alvos foram as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão. O objetivo era obrigar o país a se render e evitar uma possível invasão, o que culminaria na morte de muitos soldados.
As bombas desenvolvidas por Oppenheimer provocaram a morte de mais de 100 mil pessoas, em sua grande maioria civís. O físico expressou remorso e preocupação com armas nucleares, principalmente após perceber as reais intenções de seus superiores.
A partir daí, Robert Oppenheimer se tornou um grande crítico das armas que ele mesmo criou, defendendo o controle internacional sobre armas nucleares. Ele chegou a fazer campanha contra o uso imprudente de tais recursos.
Seu envolvimento anterior com membros do partido comunista e sua crítica ao governo norte-americano pelos bombardeios fizeram com que Oppenheimer fosse acusado de falta de lealdade e de representar um elemento perigoso para seu país.
Mesmo após ter sua autorização de segurança revogada, bem como qualquer conexão com o governo dos Estados Unidos, Oppenheimer voltou a dar aulas. Ele passou a fazer pesquisas na Universidade de Princeton até 1966, quando se aposentou. Um ano depois, Robert morreu vítima de um câncer na garganta.
