O Porão da Rua do Grito
Divulgação
O Porão da Rua do Grito
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O Porão da Rua do Grito | Terror nacional chega aos cinemas em outubro

Com estreia marcada para o dia 30 de outubro, o filme de terror O Porão da Rua do Grito, dirigido por Sabrina Greve, é a nova aposta da Coração da Selva e promete mexer com os cinéfilos apaixonados por Halloween.

Na história, Jonas (Giovanni De Lorenzi, nome em ascensão no cinema de fantasia, tendo protagonizado o filme de super-herói brasileiro Warden, que foi o filme de abertura do Cinefantasy 2025) e Rebeca (Carol Marques da Costa) são irmãos órfãos que vivem em um antigo casarão na Rua do Grito com sua avó debilitada (Eliana Guttman) e uma misteriosa criança escondida no porão (Nycolas França). Quando Rebeca aciona uma assistente social (Chris Couto) na tentativa de vender o casarão, Jonas resiste, atormentado por segredos de família guardados por gerações.

O Porão da Rua do Grito é uma fábula de horror que mira o público jovem, dialogando com filmes como Horror em Amityville, Os Outros e franquias pop como Sobrenatural. Seu lançamento acompanha o crescente interesse do público por filmes de terror/horror nacionais nos cinemas, como Morto não Fala, O Lobo Atrás da Porta, Animal Cordial, entre outros.

Premiado na Argentina no Blood Window, e com passagem por festivais como Macabro (México), Fantaspoa e Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, o longa terá ainda participação no Festival do Terror no Cinesystem Frei Caneca, aquecendo o interesse do público para o lançamento comercial.

O filme também é o primeiro longa de terror distribuído pela Lira Filmes, que há mais de dez anos trabalha na produção e distribuição de obras, apostando na diversidade cultural, impacto social e identidade de gênero. O alto padrão de produção da Coração da Selva, produtora – que vem na esteira do sucesso da novela Beleza Fatal – e a experiência da diretora Sabrina Greve com o gênero garantem uma sessão perfeita para o Halloween, trazendo uma experiência que não deve nada às produções norte-americanas.

Com mais de 30 anos de carreira, Sabrina Greve tem grande experiência no gênero do horror, tendo participado da série Desalma (Globoplay), e de vários filmes como O Duplo, de Juliana Rojas. A diretora revisita temas como violência doméstica e feminicídio sem perder de vista os sustos e a brutalidade dos bons filmes de terror. Seu trabalho “navega nas águas de Dario Argento”, segundo o crítico Luiz Carlos Merten. Marcelo Müller ressalta que “Sabrina Greve apresenta credenciais empolgantes como autora” e que “como nos grandes filmes de terror, traz uma habilidosa apropriação dos elementos básicos do gênero”.

Com o novo lançamento, Sabrina Greve se une a um grupo de cineastas que estão redefinindo o horror brasileiro, injetando novas perspectivas e abordagens que vão além do clichê. Em seu primeiro longa, a diretora demonstra não apenas sua versatilidade, mas também sua habilidade em utilizar o gênero para abordar questões sociais complexas, um traço cada vez mais presente no trabalho dessas novas vozes femininas.

“Cresci no Ipiranga, em um sobrado perto da Rua do Grito, nome sugestivo que povoava meu imaginário infantil. O bairro, com seus casarões antigos e casas com porões, serviu de cenário e inspiração para este filme, juntamente com o meu testemunho de cenas de violência na infância. O filme fala sobre a dificuldade de quebrar o ciclo de violência que assombra muitas famílias com estruturas patriarcais e machistas. Encontrei no gênero do horror uma metáfora potente para enfrentar esses fantasmas.” A diretora explora essas questões com personagens fortes, imersos em temas ligados ao feminino, como Rebeca, interpretada por Carol Marques da Costa.

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