O Exorcista do Papa O Exorcista do Papa

O Exorcista do Papa | Crítica

Divulgação / Sony Pictures Brasil

O Exorcista do Papa conta a história do padre Gabriele Amorth, Exorcista Chefe do Vaticano, que é designado para investigar a possessão de um jovem garoto, chamado Henry, que foi possuído em solo sagrado. Essa possessão é a responsável por revelar uma conspiração centenária que o Vaticano estava escondendo.

Estrelado por Russell Crowe, O Exorcista do Papa é inspirado nos diferentes relatos do verdadeiro padre Gabriele Amorth descritos em seus livros “Um Exorcista Conta-nos” e “Novos Relatos de Um Exorcista”. 

O Exorcista do Papa
Divulgação / Sony Pictures Brasil

O Exorcista do Papa, no primeiro momento, parece um clássico filme de possessão demoníaca e exorcismo. A história segue uma família que se muda para um local novo, aqui uma igreja na Espanha, após um trauma. Após a possessão de Henry, o padre Gabriele Amorth é designado para cuidar do caso e ele descobrirá que a possessão do garoto está relacionada a problemas muito maiores e que estavam sendo escondidos pela Igreja Católica.

Apesar desse enredo e cenário comum, o diretor Julius Avery subverte essas convenções ao trazer um filme divertido e que passa longe dos jumpscares e do clima sombrio. E sim, essa é a maior qualidade de O Exorcista do Papa!

Ao invés de usar dos tropos que são conhecidos nesses tipos de filmes, aqui o que vale é a história do padre Gabriele e como ele se distancia do que se espera de um padre que responde diretamente ao Papa. 

Desde o primeiro momento de tela, Gabriele Amorth conquista os espectadores que são pegos de surpresa por suas piadas e personalidade carismática e desbocada. A atuação de Russell Crowe, que estreia no terror, é hipnotizante e é o fio condutor de toda a trama, ele se torna o herói (ou super-herói) dessa história.

É importante mencionar que em O Exorcista do Papa, Gabriele Amorth é construído narrativamente como um verdadeiro super-herói, como estamos acostumados a ver repetidas vezes na última década. 

Porém, essa construção, de certa forma, é coerente com o que está sendo proposto pela direção de Avery e pelo trio de roteiristas R. Dean McCreary, Michael Petroni e Evan Spiliotopoulos. Os quatro possuem em seus currículos diversas produções de ação e filmes de possessão, e é essa coesão entre os criadores que faz com que O Exorcista do Papa seja uma obra divertida e com um bom ritmo em quase toda sua duração.

No entanto, é certo que quem for ao cinema esperando um filme de terror assustador poderá se decepcionar, mas para aqueles que forem assistir ao filme com a mente aberta poderão ter uma surpresa muito divertida durante a experiência. 

Os minutos finais do filme, por sua vez, parecem desconexos com o resto da história que estava sendo construída, alguns momentos soam cômicos de maneira inconsciente. Além disso, o final deixa aberto para que possíveis sequências sejam feitas.

O Exorcista do Papa é uma obra surpreendente por fugir do lugar comum, Russell Crowe está brilhante no papel do carismático e desbocado padre Gabriele Amorth. Por fim, esse é um filme que não vai assustar os espectadores, pois essa não sua proposta, aqui seguimos as aventuras de Gabriele Amorth e como ele destoa do que é esperado por alguém de sua profissão.

3.5

BOM

O Exorcista do Papa é uma obra surpreendente por fugir do lugar comum, Russell Crowe está brilhante no papel do carismático e desbocado padre Gabriele Amorth. Por fim, esse não é um filme que não vai assustar os espectadores, pois essa não sua proposta, aqui seguimos as aventuras de Gabriele Amorth e como ele destoa do que é esperado por alguém de sua profissão.