O Dublê O Dublê

O Dublê | Crítica

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O Dublê, novo longa da Universal Pictures estrelado por Ryan Gosling (Barbie) e Emily Blunt (Oppenheimer), é uma homenagem aos profissionais que desempenham papéis arriscados para que os filmes tenham cenas de ação incríveis.

No longa, dirigido pelo ex-dublê David Leitch (Trem-Bala), o experiente dublê Colt Seavers (Ryan Gosling) vive a vida dos sonhos, totalmente sem medo de quaisquer desafios físicos. Ele faz as cenas perigosas do astro Tom Ryder (Aaron Taylor-Johnson) – que escandalosamente afirma fazer todas as suas próprias acrobacias – e está tendo um caso apaixonado com a bela e talentosa operadora de câmera Jody Moreno (Emily Blunt).

Então, ele sofre um acidente no set e sua vida muda completamente. Com as costas e o ego quebrados, Colt passa a sentir uma enorme vergonha do que aconteceu, o que faz com que ele abandone a carreira e se afaste de Jody.

Após um tempo trabalhando como manobrista e vivendo uma vida pacata, a produtora Gail Meyer (Hannah Waddingham) liga para Colt, diz que Jody está finalmente dirigindo seu primeiro longa-metragem, uma ópera espacial chamada Metalstorm, e que ela exige que ele seja dublê na produção. Ao ouvir o nome de Jody, ele é convencido e parte para a Austrália. Chegando lá, descobre que na verdade Tom Ryder está desaparecido e ele foi chamado para tentar encontrar o ator. Para isso, terá que usar toda sua experiência como mestre da ação.

Brutamontes armados entram em seu caminho, garantindo muitas cenas de lutas e perseguição. Conforme a coisa vai ficando mais séria, Colt começa a montar uma equipe desajustada de ajudantes, que incluem o diretor de dublês de Metalstorm, Dan Tucker (Winston Duke), a assistente de Tom, Alma (Stephanie Hsu), e um cão francês bem treinado chamado Jean-Claude.

Enquanto isso, Jody está feliz por ter Colt de volta em sua vida, mas ainda tem algumas ressalvas. Esse drama entre os dois acaba sendo incluído no terceiro ato de seu filme. O que ela não sabe é que sua estrela está desaparecida e que seu ex está fazendo de tudo para salvar seu filme.

A certa altura, perguntam a Colt se eles dão Oscars para pessoas como ele. A resposta é um desanimado “não”. Mas O Dublê se esforça para mostrar todo o talento desses profissionais, com uma compilação do trabalho do dublê. Tem de tudo, carros capotando, pessoas pegando fogo, quedas, saltos e muito mais. Esses momentos cheios de adrenalina, dessa vez, são mostrados com os cabos, guindastes e toda a equipe necessária para fazer o impossível, com segurança. Se o filme fizer com que os dublês ganhem um pouco mais de respeito do público, já vai ter valido algo.

Além de exaltar a profissão dos dublês em uma aventura divertida, o roteiro de Drew Pearce ainda se utiliza de vários elementos da cultura pop, visando criar uma conexão maior com o público. São várias as referências de outros filmes e piadinhas sobre celebridades de Hollywood. Além disso, o longa ainda critica levemente o uso de inteligência artificial, pauta amplamente discutida nas greves dos roteiristas e atores no ano passado. O Dublê tenta passar essa mensagem de que filmes são importantes para os personagens dele, e filmes são muito melhores quando feitos por pessoas que se esforçam para que tudo seja o mais divertido para o público.

Ainda assim, não é um filme cuja trama é o mais relevante, ele tem um roteiro feito para se adequar à ação. Isso não quer dizer que a narrativa de O Dublê não seja agradável ou não faça sentido, porque faz. Mas, antes de tudo, é uma carta de amor ao cinema de ação. A história se desenrola enquanto literalmente vemos um filme sendo feito, acompanhamos as gravações, as mudanças de roteiro e o que se passa na sala de edição.

O filme funciona ainda melhor porque tem um elenco que segura esses papéis. A química de Ryan Gosling com seus colegas, principalmente com seu par romântico, Emily Blunt é ótima. São dois atores conhecidos pelo carisma e essa característica de ambos aparece fortemente. Além disso, os momentos de Gosling com Winston Duke também rendem boas risadas e muitas referências.

Filmes como esse, que trabalham tão bem a ação e capricham nos efeitos para que tudo seja o mais grandioso possível, merecem ser vistos na telona!

O Dublê chega aos cinemas em 2 de maio, com distribuição da Universal Pictures.

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Summary

O Dublê é um filme que homenageia de forma muito divertida a profissão de dublê. Recheado de referências ao cinema e à cultura pop, o longa tem muita ação e momentos engraçados. Vale a pena ser visto na telona.