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MaXXXine | Crítica

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Em 2022, com o lançamento de X – A Marca da Morte e, logo em seguida, Pearl, a saga de Ti West passou a ser aclamada por uma grande parcela do público, rapidamente ganhando a classificação de cult. Para além dos dois primeiros filmes, MaXXXine, o último capítulo da franquia e a conclusão da busca ao estrelato de Maxine Minx se tornou um título muito aguardado pelo público.

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6 anos após os acontecimentos de X – A Marca da Morte, Maxine Minx (Mia Goth) se tornou um grande nome da indústria de filmes adultos, mas seu sonho de se tornar uma das maiores atrizes do cinema ainda não desapareceu. Após conseguir um papel grande em uma franquia de terror, Maxine passa a ser perseguida por um detetive particular, lutando mais uma vez por sua vida, a atriz em ascensão fará o possível para conseguir conquistar seus sonhos. 

Desde sua estréia, a franquia escrita e dirigida por Ti West é recebida por críticas e opiniões opostas e MaXXXine não é diferente. Apesar de não ter sido recebido com o mesmo carinho que os dois primeiros, o terceiro filme não perde a qualidade ou o tom estiloso e chamativo que se tornou uma marca da direção de West nessa franquia. 

Enquanto Pearl e X – A Marca da Morte possuíam uma história mais sucinta e com poucos acontecimentos, MaXXXine trabalha com uma trama mais aberta e com pequenas subtramas que, infelizmente, não são bem exploradas. No entanto, mesmo com personagens e situações pouco exploradas, a direção e roteiro de West conseguem fazer um filme coeso e que consegue trabalhar elementos que tornaram a franquia famosa, como o estilo e o foco único na atuação de Mia Goth.

A ambientação em 1985 é um ponto de destaque e muito bem trabalhado nesse filme. O estilo oitentista é elevado à décima potência, para além do “boom” das videolocadoras, do crescente sucesso da indústria de filmes adultos e da trilha sonora new wave que são explorados à exaustão quando pensamos nesse tipo de produção, Ti West brinca com a ideia de estar fazendo um filme nos anos 80, desde a construção de diálogos, as cenas de morte, que são inspirações diretas aos filmes Slasher que tiveram ápice nesse período, e, até mesmo, a trama dos filmes de perseguição policial e de ação são trabalhados de forma autoral e como homenagem ao cinema desse período. 

Em relação a história que está sendo contada, não existem grandes surpresas. Entre um suspense fraco e as situações que Maxine precisa passar para conquistar o sonho, pouco de inovador e diferente nos é apresentado na tela, apesar disso o filme consegue segurar a atenção dos espectadores e mantê-los minimamente intrigados para saber o que irá acontecer. 

Esse fio condutor que segura um enredo pouco inovador é a atuação de Mia Goth, que além de apresentar uma carga dramática um pouco maior para a personagem e desenvolver novas nuances de sua personalidade, possui um carisma que nos faz torcer pelo sucesso de sua personagem e nos mantém intrigados até os últimos minutos do filme. 

Em MaXXXine, Ti West desenvolve um terror oitentista estiloso e divertido, para além das referências dos diferentes gêneros que estavam no auge durante essa época, West conhece expressar sua individualidade e conceitos estéticos que foram desenvolvidos nos dois primeiros capítulos da franquia. 

MaXXXine marca o final da trilogia com grande estilo, criando um filme que toma inspiração em diferentes gêneros do cinema e que consegue divertir o espectador durante toda sua duração. 

3.5

BOM

MaXXXine marca o final da trilogia com grande estilo, criando um filme que toma inspiração em diferentes gêneros do cinema e que consegue divertir o espectador durante toda sua duração.