A performance aclamada de Timothée Chalamet em Marty Supreme, com estreia agendada para 22 de janeiro no Brasil, está gerando burburinho sobre uma possível indicação ao Oscar 2026. No entanto, o que acontece por trás das câmeras revela um nível de comprometimento que vai além da atuação.
No longa, acompanhamos a história de Marty Mauser (Chalamet), um talentoso e ambicioso jogador de pingue-pongue. Sua vida toma um rumo inesperado quando ele se envolve com Kay Stone (Gwyneth Paltrow), uma atriz aposentada e esposa de Milton Rockwell (interpretado por Kevin O’Leary, do Shark Tank EUA, em sua estreia no cinema), um magnata do ramo de canetas.
Marty vê em Milton a oportunidade de conseguir um passaporte para o campeonato mundial em Tóquio, mas descobre que o caminho para o sucesso tem um preço humilhante.

A Autenticidade em Cena em Marty Supreme
Um dos momentos mais comentados dos bastidores de Marty Supreme envolve uma cena específica que demonstra a dedicação de Timothée Chalamet. Em entrevista à Variety, Kevin O’Leary revelou que para uma cena que exigia um tapa nas nádegas do protagonista, a produção havia preparado um dublê. Contudo, Chalamet fez questão de realizar a cena ele mesmo.
“Quando chegou a hora de bater nele, havia um dublê. Um dublê mesmo. [Chalamet] não quis fazer. Disse que faria ele mesmo. Não queria que outro bumbum fosse imortalizado.”
A situação tornou-se ainda mais intensa quando o objeto de cena, uma raquete falsa projetada para amenizar o impacto, quebrou na primeira tomada. Isso forçou O’Leary a utilizar uma raquete de verdade para as dezenas de tomadas seguintes. A filmagem da cena se estendeu por horas, com o diretor Josh Safdie pressionando por mais realismo, chegando a exigir cerca de 40 tomadas até as 4 da manhã.
“Josh dizia: ‘Você tem que bater com mais força'”, relembrou O’Leary. “Eu estava batendo nele de verdade.”
A Grande Produção por Trás de Marty Supreme
Dirigido por Josh Safdie, conhecido por seu trabalho ao lado do irmão Benny Safdie em Joias Brutas, e com roteiro de Ronald Bronstein, Marty Supreme se posiciona como uma das maiores produções do aclamado estúdio A24. O estúdio, responsável por sucessos como “Hereditário” e “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo“, investiu um orçamento de US$ 70 milhões no filme, superando Guerra Civil e tornando-o seu projeto mais caro até o momento.
Esta colaboração entre Safdie e Bronstein, que já trabalharam juntos em Bom Comportamento e Amor, Drogas e Nova York, promete entregar a profundidade e a intensidade características de suas obras.