Kristen Stewart estampa a nova capa da revista Variety’s Sundance, e em entrevista revelou que ela ‘odiou’ fazer ‘As Panteras’, a comédia de ação dirigida por Elizabeth Banks que fracassou nas bilheterias em 2019.
Stewart estrelou o filme ao lado de Naomi Scott e Ella Balinska. Enquanto as críticas foram mistas, a performance de Kristen Stewart como a rebelde Sabina ganhou amplo reconhecimento. Por exemplo, o crítico de cinema da Variety, Owen Gleiberman, elogiou seu ‘magnetismo de olhos brilhantes’. No Poltrona Nerd o filme recebeu nota 3, como “uma surpresa agradável que traz um novo frescor para a franquia.”
“Isso foi difícil de dizer na época”, disse Kristen Stewart. “Eu me lembro de dizer isso. Nós queríamos uma abertura forte, sabe? Queríamos realmente transmitir o que o filme era sobre. Foi uma boa ideia na época. Eu odiei fazer aquele filme.”
“Era uma boa ideia na época… Eu odiei fazer esse filme. Não sei mais o que te dizer.” — Kristen Stewart sobre os remakes de As Panteras pic.twitter.com/K5C431hF2y
— Kristen Stewart BR | Fã-clube (@KSBRSite) January 11, 2024
Apesar do fracasso nas bilheterias, o filme de 2000 de As Panteras, que apresentava o trio icônico de Cameron Diaz, Drew Barrymore e Lucy Liu, onde mais tarde reprisaram seus personagens na sequência de 2003 As Panteras: Detonando. Ambos os filmes arrecadaram mais de $250 milhões na bilheteria mundial, enquanto o reboot de 2019 de Stewart fracassou com apenas $73 milhões.
Elizabeth Banks disse ao The New York Times em 2022 que ela desejava que o marketing do filme “não tivesse sido apresentado apenas para meninas”, o que é uma das razões pelas quais ela acreditava que o filme fracassou. Ela elaborou sobre o tópico no ano passado ao dizer à Rolling Stone que a “agenda de gênero” era o único tópico de interesse da mídia.
“Grande parte da história que a mídia queria contar sobre ‘As Panteras’ era que era algum manifesto feminista”, disse Banks. “As pessoas continuavam dizendo, ‘Você é a primeira diretora feminina de ‘As Panteras’! E eu estava tipo, ‘Eles só fizeram um programa de TV e os filmes do McG… do que você está falando? Não há esse longo legado’. Eu apenas amava a franquia. Não havia essa agenda de gênero da minha parte. Isso foi muito imposto ao trabalho, e foi um pouco decepcionante. Parecia que me rotulava e ao público para o filme.”
“Perder o controle da narrativa assim foi realmente decepcionante”, acrescentou Banks. “Você percebe como a mídia pode enquadrar algo independentemente de como você o enquadrou. Acontece que sou uma mulher que dirigiu um filme de ‘As Panteras’ que por acaso estrelou três mulheres incríveis. Você não pode controlar a mídia dizendo, ‘Você é uma diretora mulher, e isso é especial!’ — o que é, mas não é a única coisa.”
Banks também lembrou de ter que pedir para o filme ser promovido para homens e não apenas para mulheres.
“Lembro-me de ter uma conversa com alguém que estava tipo, ‘Vocês vão ter uma parceria com a Drybar’ – que é, tipo, um lugar de fazer cabelo”, disse Banks à Rolling Stone. “E eu estava tipo, ‘Tudo bem… mas poderíamos ter um anúncio durante os playoffs de beisebol? Não é apenas essa uma coisa.’ Foi interessante ver como a indústria vê coisas que estrelam mulheres. Foi uma verdadeira lição para mim.”
As Panteras (Charlie’s Angels) foi notável para Kristen Stewart, pois ela raramente havia feito um grande filme de estúdio de Hollywood desde que A Saga Crepúsculo terminou em 2012. Ela estará firmemente de volta à sua zona de conforto indie no Festival de Cinema de Sundance com duas estreias mundiais: o thriller de crime lésbico Love Lies Bleeding da A24 e o romance pós-apocalíptico Love Me, co-estrelado por Steven Yeun.
