Sempre quando anunciado uma adaptação ao cinema de um game, logo o receio vem à tona depois de tantas tentativas frustradas em trazer este universo para as telonas. Em 2007, Hitman – Assassino 47 foi um verdadeiro tiro no pé, sendo considerado um dos piores filmes daquele ano.
Oito anos mais tarde, chega aos cinemas Hitman: Agente 47, comandado pelo estreante Aleksander Bach. O resultado é bem satisfatório se comparar com a versão anterior. A adaptação investe com eficiência em cenas de ação que lembram o universo do game.
Rupert Friend (das série Homeland) assume o papel do Agente 47 e não compromete. O ator encarna com competência a frieza e calculismo em eliminar o alvo do personagem. Desprovido de emoções, sua presença impõe intimidação em seus oponentes. A propósito, o elenco não decepciona. A bela Hannah Ware desempenha um bom papel como Katia Van Dees, apesar de alguns momentos a personagem ser deveras confusa. O vilão interpretado por Zachary Quinto (Star Trek), mesmo com o esforço do ator, não convence e se perde nos clichês caricatos.
O grande problema do longa é devido ao roteiro do fraco Skip Woods, o mesmo da versão de 2007 e do péssimo Duro de Matar – Um Bom Dia para Morrer. Todas as falhas em criar uma linha narrativa segura são vistas novamente aqui. Como estabelecer diálogos coerentes não é bem seu forte, ele soube aproveitar o vazio emocional do Agente 47, que resulta em um sujeito de poucas palavras.
Hitman: Agente 47 deixa uma esperança no fim do túnel sobre o futuro das adaptações de games ao cinema. O longa exibe um certo charme e rende um bom entretenimento para os leigos e conhecedores dos jogos.
Resumo
Hitman: Agente 47 deixa uma esperança no fim do túnel sobre o futuro das adaptações de games ao cinema. O longa exibe um certo charme e rende um bom entretenimento para os leigos e conhecedores dos jogos.