Gêmeo Maligno | Crítica

Gêmeo Maligno conta a história de Rachel (Teresa Palmer) e Anthony (Steve Cree) que se mudam para uma quieta e misteriosa vizinhança na Finlândia após um trágico acidente que tirou a vida de um de seus gêmeos. O que parecia uma oportunidade para recomeçar a vida se transforma em um pesadelo após Rachel começar a desconfiar que uma força maligna está atrás de seu filho.

Gêmeo Maligno conta com diversas convenções de gênero que já são muito conhecidas pelos fãs do cinema de terror: uma família desestruturada após um trauma se muda para um local afastado na intenção de recomeçar e se deparam com moradores estranhos e uma criança que pode estar possuída por uma entidade maligna.

Infelizmente o roteiro de Taniele Mustonen, que também assina a direção, não faz questão de sair desse local, se mantendo no mesmo lugar comum que outros filmes do gênero. Apesar disso, o longa conta com um segundo ato intrigante, tenso e angustiante, as atuações de Teresa Palmer e Barbara Marten são o ponto mais alto do longa e o fio condutor desse segundo ato.

Teresa Palmer que interpreta a protagonista Rachel, consegue transmitir os diversos sentimentos que uma mãe em luto pode passar, além de demonstrar o medo, a desconfiança e a perca da sanidade por acreditar estar sendo perseguida.

Já Barbara Marten interpreta Helen, uma excêntrica senhora britânica que acredita que uma força maligna está atrás do filho de Rachel e tenta ajudá-la a salvar seu filho. A veterana, que apesar de não possuir muito destaque, consegue gerar interesse do público para saber quais serão seus próximos passos.

Apesar dos diversos problemas que apresenta, Gêmeo Maligno tem uma direção de arte interessante que chama a atenção por ser o oposto do que se espera para um filme desse gênero, o longa aposta em locações claras e planos abertos, além de possuir belíssimas composições de cenas.

Gêmeo Maligno é um clássico filme de terror sobrenatural que pode agradar pessoas que assistam ao filme de forma despretensiosa, já fãs do gênero vão se decepcionar com o longa. A ambientação e as atuações de Teresa Palmer e Barbara Marten são os pontos mais altos do longa.