O aguardado Frankenstein, dirigido por Guillermo del Toro, está prestes a iniciar sua trajetória pelo circuito internacional de festivais. O longa terá sua primeira exibição mundial no Festival de Veneza e, em seguida, será apresentado no Festival de Toronto, marcando o início de sua campanha para a temporada de premiações de 2025.
Em um ano no qual o uso de Inteligência Artificial nas produções de Hollywood foi um dos tópicos mais debatidos, a obra do cineasta mexicano se destaca por seguir um caminho diferente. Em entrevista à revista Variety, Del Toro deixou claro que sua versão da clássica história de Mary Shelley não se apoiará em recursos digitais excessivos.
O diretor afirmou que seu objetivo foi valorizar o trabalho manual e artesanal da equipe de produção. Ele destacou que prefere cenários reais, pessoas construindo, pintando, martelando e rebocando, em vez de efeitos digitais ou simulações criadas por IA.

A estreia mundial não é o único atrativo do projeto. No Brasil, o longa chegará aos cinemas em 23 de outubro, com distribuição da O2 Play, tornando-se o terceiro filme da Netflix em 2025 a receber lançamento em salas nacionais — junto de Jay Kelly e Casa de Dinamite.
Descrito pelo próprio Del Toro como seu projeto dos sonhos, o filme revisita a história do cientista Victor Frankenstein e sua criação feita a partir de restos humanos. O cineasta, conhecido por sua sensibilidade ao retratar criaturas marginalizadas e por sua filmografia de fantasia sombria, já havia colaborado com a Netflix na animação Pinóquio, vencedora do Oscar. Após Frankenstein, ele deve adaptar em stop-motion o livro O Gigante Enterrado, de Kazuo Ishiguro.
O elenco reúne grandes nomes: Oscar Isaac interpreta Victor Frankenstein, enquanto Jacob Elordi assume o papel do Monstro — substituindo Andrew Garfield, que deixou o projeto por conflitos de agenda. A produção ainda conta com Mia Goth, cotada para viver a icônica Noiva de Frankenstein, além de Christoph Waltz, Charles Dance, Lars Mikkelsen, David Bradley e Christian Convery.