Força Bruta: Punição Força Bruta: Punição

Força Bruta: Punição | Crítica

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O policial monstro com o soco mais potente da Coreia do Sul está de volta em Força Bruta: Punição, quarto filme da franquia de ação liderada por Ma Dong-seok (Invasão Zumbi), também conhecido como Don Lee. Os filmes de Força Bruta, que se baseiam em histórias de crimes reais que aconteceram na Coreia do Sul em meados dos anos 2000, conquistaram seu país de origem e conseguiram com que seu mais novo longa fosse distribuído em mais de 150 países, expandindo esse sucesso internacionalmente. No Brasil, o filme chega aos cinemas na próxima quinta-feira, 10 de abril.

Após destruírem gangues sino coreanas na operação em Garibong-dong em Cidade do Crime (2017), acabarem com sequestradores de turistas sul-coreanos no Vietnã em Força Bruta (2022) e desmembrarem um cartel de drogas em Força Bruta: Sem Saída (2023), a equipe do detetive Ma Seok-do retorna aos cinemas, dessa vez para derrubar um vasto sindicato de apostas online que atua entre a Coreia do Sul e as Filipinas.

O assassinato de um jovem coreano os coloca na trilha de uma rede de apostas online comandada pelo implacável e louco por lâminas Baek (Kim Moo-yul). O chefe de Baek, um sujeito fraco chamado Chang (Lee Dong-hwi), não contente em arrecadar e lavar muito dinheiro por meio de seu império de cassinos, está procurando lançar sua própria criptomoeda. Esses assuntos cibernéticos rendem muitas piadas às custas do confuso dinossauro digital Detetive Ma, além da chegada de uma equipe de especialistas em crimes cibernéticos. Isso dá espaço para que nosso querido detetive use o que ele tem de melhor: seus músculos.

Os socos potentes e rápidos, que fazem com que seus oponentes muitas vezes nem saibam o que os atingiu estão presentes aos montes. E Seok-do também consegue arrancar portões de suas dobradiças usando apenas suas mãos e acabar com vários capangas munidos de facas, como se ele fosse um exército de um homem só. Ao longo do caminho, o detetive Ma Seok-do se reúne com o personagem regular da série Jang I-su (Park Ji-hwan), um bandido que ama peças da marca de luxo Gucci e que acaba sendo inserido como membro do esquadrão da polícia para ajudar nesse caso específico – o que também rende muitas piadas e gracinhas.

Heo Myeong-haeng prova ser um diretor de ação muito eficiente. Como alguém que já trabalhou coordenando dublês e criando coreografias de artes marciais (inclusive nos três filmes anteriores), ele sabe explorar muito bem o contraste entre a velocidade dos movimentos de Ma Dong-seok e o estoicismo resignado de sua expressão. Sem mencionar que o enquadramento inteligente nunca mostra diretamente nenhuma jugular cortada ou feridas abertas, apesar da violência extrema de Força Bruta: Punição. Não surpreendentemente, as sequências de luta com uma abordagem realista e inspirada em técnicas de boxe são onde o filme ganha vida completamente. Além disso, ele está apoiado por uma boa equipe de efeitos sonoros, que elevou o turbilhão e o ruído de cada soco a um efeito de esmagar crânios.

Claro, o coração dessa franquia é o carisma de Ma Dong-seok, um grande herói de ação, capaz de detonar grandes quantidades de bandidos sozinho, aos moldes de Jason Statham e Liam Neeson. O ator criou uma imagem popular estereotipada em torno de si mesmo, uma que é genuinamente agradável e fácil de consumir. Ele é um cara parrudo, então é bastante crível que seus socos sejam mais fortes do que o normal e claro, a cara de mau deve ser mantida o tempo todo, ainda que seus personagens sempre tenham um coração mole. Uma parte fundamental do apelo desta série é o fato de que a linha entre o mocinho e os bandidos é tênue, portanto Ma não é o policial perfeito que segue as regras completamente e por algum motivo, é o que nos faz gostar dele.

Ainda que um pouco repetitivo para quem acompanhou a franquia, já que sempre envolve ver um durão imparável esmagar vilões irredimíveis (e isso é parte do charme da série), Força Bruta: Punição é um bom filme de ação. Junto com sua certeza moral de que a punição será aplicada às pessoas certas, é duplamente reconfortante em sua similaridade com vários outros filmes de ação. Talvez a trama não seja a mais coerente possível, mas as porradas, facadas e bom humor fazem com que seja um bom entretenimento. E pra quem gosta, as notícias são animadoras, já que o plano de Ma Dong-seok é fazer oito filmes no total, cada um deles baseado em um caso real que o ator e produtor conheceu durante uma série de entrevistas com detetives.

Força Bruta: Punição chega aos cinemas brasileiros em 10 de abril, com distribuição da Sato Company.

3.5

Bom

O emburrado detetive Ma Seok-do está de volta para mais um caso da franquia Força Bruta! As cenas de ação bem executadas e o carisma de Ma Dong-seok, protagonista de criador da série de filmes, fazem com que esse filme, apesar de repetitivo, seja um bom entretenimento.