Drop: Ameaça Anônima Drop: Ameaça Anônima

Drop: Ameaça Anônima | Crítica

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Em Drop: Ameaça Anônima o uso do telefone durante um jantar não é apenas falta de educação, é algo que pode ser mortal. No longa, Violet (Meghann Fahy) é uma mãe solo viúva que retorna à vida amorosa anos após a morte violenta de seu ex-namorado abusivo. Ela marca um encontro Henry (Brandon Sklenar), um fotógrafo extremamente complacente, em um restaurante no topo de um arranha-céu em Chicago. Para a data, chama a irmã Jen (Violett Beane) para ficar de babá do filho Toby (Jacob Robinson).

Ao chegarem ao restaurante super elegante para o encontro, eles flertam apesar do nervosismo e Violet tentar focar em seu possível novo parceiro, até que ela começa a receber digiDrops misteriosos de alguém que está dentro do restaurante. Violet e Henry investigam, vasculhando o local em busca de suspeitos. Mas o que de início parece uma brincadeira – que ela poderia ter apenas ignorado -, acaba se revelando algo extremamente ameaçador.

Violet descobre que está sendo ouvida e observada o tempo todo durante o jantar por alguém que está em um raio de 15 metros. Caso ela não cumpra os requisitos enviados para seu telefone, seu filho e sua irmã serão assassinados. Através das câmeras de sua casa, que podem ser acessadas pelo celular, ela observa enquanto um homem mascarado invade sua residência, machuca sua irmã e mantém o garotinho como refém, provando a veracidade das mensagens.

Mas ela não pode deixar nada disso transparecer. Violet tem que dar atenção a Henry, tanto porque gosta dele quanto porque seu subjugador desconhecido deixou claro que coisas muito ruins acontecerão se ele for embora. E, no entanto, sua mente está em outro lugar, as conversas desaparecendo, seus pensamentos consumidos pelas ordens que não param de aparecer na tela. Até que chega uma mensagem que pode dar fim ao problema: caso ela queira libertar o pequeno Toby e sua irmã, Violet deve matar Henry.

O passado angustiante de Violet é transformado em alimento para a tensão, já que ela passou por um caso de intenso abuso doméstico, que são mostrados logo na abertura de Drop: Ameaça Anônima. Ela joga um jogo conhecido por gerações de mulheres: manter a fachada de estar bem para sobreviver. Mas o longa não é feito só de angústia e existe um bom equilíbrio entre o trauma de Violet sendo trazido à tona e momentos engraçados, em grande maioria devidos à tolice de Matt (Jeffrey Self), um improvisador de Chicago que trabalha como garçom.

É uma premissa simples, familiar a qualquer um que já tenha recebido algo indesejado no celular, e que o roteirista e diretor Christopher Landon explora com uma precisão inovadora e revigorante. Vivemos em um a época em que nossas informações estão vulneráveis ​​em nossos aparelhos ou a um único clique errado em um link. O longa tira muito proveito das capacidades mais aterrorizantes da tecnologia que usamos todos os dias, o tempo todo. Não importa o que Violet tente, ou para quem peça ajuda, ela é capturada pelas câmeras ao seu redor e pelo dispositivo em sua mão. O celular prova ser o objeto ideal para um thriller paranoico dos dias atuais.

Depois de muito mistério e tensão, o filme se desvia para um ato final repleto de ação, com a dupla principal conquistando uma segunda chance de se conectar e de transformar suas faíscas em chamas, caso sobrevivam. Drop: Ameaça Anônima não tenta de forma alguma ser totalmente realista e foca em causar emoções e arrepios. Vale a pena marcar um encontro com ele nos cinemas!

Drop: Ameaça Anônima tem distribuição da Universal Pictures e estará disponível nos cinemas a partir de 10 de abril também em versões acessíveis.

3.5

Bom

Drop: Ameaça Anônima é daqueles filmes que, apesar de não serem completamente realistas, nos fazem mergulhar com tudo na história. Por uma hora e meia o espectador fica preso nesse jogo de gato e rato entre uma mulher traumatizada e um perigo misterioso, tudo isso enquanto ela tenta fazer durar um encontro que não está dando nada certo.