Crítica | Velozes e Furiosos 7

Nunca acreditei em meus 30 anos de vida que sairia emocionado ao final de uma sessão de Velozes e Furiosos. A franquia, que nos últimos três filmes propôs entreter e não se levar a sério, chega com uma grande carga dramática após a morte de Paul Walker. O protagonista sofreu um acidente fatal de carro em 2013, e as gravações do sétimo filme foram paralisadas e muito se especulou sobre o futuro da série.

Em homenagem ao ator, a equipe de produção e elenco decidiram finalizar as filmagens, que contou com a colaboração de Caleb e Cody (irmãos de Paul) para mais uma aventura da família Toretto. Com a saída de Justin Lin, James Wan assumiu a direção do filme com as cenas mais absurdas de ação e que coloca os personagens como super-heróis. São carros voando, caindo de precipícios, se chocando, e nenhum deles sofre um ferimento sequer. Mais absurdo ainda é uma personagem interromper os primeiros socorros para simplesmente tentar convencer o suposto finado a voltar à vida conversando em seu ouvido.

Essas são as atrocidades do roteiro atrapalhado de Chris Morgan, que não conhece a palavra sutil com incessantes palavras de efeito dos machões, que chega a cansar de tão clichê. A trama apresenta Deckard Shaw (Jason Statham), que aparece brevemente nos créditos finais do sexto filme, em busca de vingança contra aqueles que deixaram seu irmão mutilado no hospital. Depois de ferir gravemente o agente Hobbs (Dwayne Johnson) e assassinar Han (Sung Kang), Shaw vai atrás de Dom (Vin Diesel) e seus amigos. Para deter o algoz, Dom e Brian (Paul Walker) se unem novamente para uma aventura repleta de destruições pelo caminho para resgatar uma hacker (a belíssima Nathalie Emmanuel), que possui um dispositivo capaz de localizar qualquer pessoa no mundo. A ferramenta ideal para deter o vingativo Deckard.

O único acerto do fraco roteiro escrito por Morgan foi na construção da cronologia da franquia. É quando o esquecido Velozes & Furiosos – Desafio em Tóquio se torna um longa importante e que até merece ser visto novamente, já que a história se passa durante o final de Velozes 6 e o início de Velozes 7.

No mais, a direção de Wan estabelece sequências de ação que o público tanta espera (embora INSANAS) e aproveita o potencial de seu elenco. Para a alegria dos fãs de luta, há incríveis duelos entre Jason Statham x Dwayne Johnson/Vin Diesel, Michelle Rodriguez x Ronda Rousey e Paul Walker x Tony Jaa. Uma pena que os combates apresentam cortes prejudiciais durante as cenas, revelando a incapacidade do diretor em conduzir um combate sem tantos movimentos de câmera.

Mais uma vez o elenco está em perfeita sintonia, o que fica claro o carinho de todos em relação aos personagens e ao conceito família sempre estabelecido por Dom. A dramaticidade é inegável, já que um ciclo termina. Sim, lágrimas vão rolar com os últimos momentos de Paul Walker em cena e com os diálogos que estabelecem um finale. As cenas interpretadas pelos irmãos Caleb e Cody são visíveis pelo recurso do CGI e tomadas com a câmera distante, mas em nenhum momento me senti incomodado com os recursos.

Como entretenimento, Velozes  e Furiosos 7 não decepciona, e com cenas mirabolantes de ação proporcionam no mínimo uma boa distração. O longa estabelece uma interrogação sobre o futuro com a despedida de Brian O’Conner/Paul Walker, que recebe uma homenagem sincera e tocante proporcionada por Dom Toretto/Vin Diesel destacando em cada palavra o amor e respeito pelo irmão dentro e fora das telas. “Nunca será uma despedida”, são  algumas das palavras de Dom e acredito de todos os admiradores do veloz e furioso O’Conner.

  • Bom
3

Resumo

Como entretenimento, Velozes e Furiosos 7 não decepciona, e com cenas mirabolantes de ação proporcionam no mínimo uma boa distração. O longa estabelece uma interrogação sobre o futuro com a despedida de Brian O’Conner/Paul Walker, que recebe uma homenagem sincera e tocante proporcionada por Dom Toretto/Vin Diesel destacando em cada palavra o amor e respeito pelo irmão dentro e fora das telas. “Nunca será uma despedida”, são algumas das palavras de Dom e acredito de todos os admiradores do veloz e furioso O’Conner.

  1. Jah arrepiado, e olha que ainda nem vi o filme. Ansioso.

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