Crítica | Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba

Uma Noite no Museu 3: O Segredo da Tumba

O que seria apenas a despedida de uma franquia, acabou se tornando a despedida de um ator que vai deixar uma saudade imensurável. Uma Noite no Museu 3 – O Segredo da Tumba veio como o encerramento da trilogia dirigida por Shawn Levy, mas a morte repentina de Robin Williams marcou este projeto, já que foi o último trabalho que o comediante finalizou em vida.

O que seria apenas um entretenimento para o público durante as férias aqui no Brasil, inesperadamente surpreende por carregar um peso dramático envolta do personagem de Williams, o ex-presidente americano Teddy Roosevelt, que em todos os filmes sempre deixa uma pequena lição, mas aqui deixou um legado.

Na trama, a placa de Akmenrah (Rami Malek), que dá vida ao bonecos do Museu de História Natural de Nova York, misterisosamente está se corroendo e com isso a magia estabelecida corre riscos. Com o objetivo de salvar seus amigos, o guarda Larry Daley (Ben Stiller) viaja para Londres, onde está o faraó Merenkahre (Ben Kingsley), pai de Akmenrah e o único capaz de trazer de volta os poderes da placa. Ao chegar no museu londrino, novos seres e personalidades ganham vida, como o Sir Lancelot (Dan Stevens).

O roteiro escrito por David Guion, Michael Handelman, Thomas Lennon e Robert Ben Grant aproveita bem o novo cenário do longa para a elaboração de cenas divertidas, que resgata um pouco do humor no primeiro filme e que foi esquecido no fraco segundo filme.

Contudo, os mesmos erros se repetem como a inserção de personagens, que no final acabam se tornando desnecessários. É o que acontece com Sir Lancelot, que apesar do esforço de Stevens, o personagem pouco tem a acrescentar senão repetitivas piadas. Porém, o momento sensacional do filme envolve sua persona durante duas participações especiais (se eu falar quem são perderá totalmente a graça) na cena que mais arrancou risadas do público durante a sessão que participei.

Entre as novidades do elenco, a sempre carismática Rebel Wilson tem uma presença divertida e importante para o futuro da franquia, que deixa uma interrogação sobre eventuais continuações.

Porém, afinal, o cargo dramático nesta fita acaba sendo o grande destaque. O longa apresenta interessantes dramas familiares nas figuras de Larry e seu filho Nick (Skyler Gisondo), e de Merenkahre e Akmenrah. Tanto Larry quanto Merenkahre não conseguem lidar com crescimento de seus filhos, e que é necessário o primeiro passo para aceitar que eles não são mais crianças e estão prontos para enfrentarem a dureza e realidade da vida.

Diante do exposto, será difícil não se emocionar com a presença de Teddy Roosevelt, que a cada minuto parece estar se despedindo. Com falas sempre inspiradas durante os 97 minutos de projeção, com intenção ou não da produção, a mensagem mais tocante da franquia acaba vindo da voz de Williams, que se despede do cinema de uma maneira justa e como merece. A cena final, além de arrancar algumas lágrimas, passa a imagem exata de como devemos nos lembrar de um dos atores mais incríveis de Hollywood.

Ps: Mickey Rooney, outro incrível ator que deixou este mundo, também ganha sua homenagem durante o longa. Ele havia participado do primeiro filme da série e faz uma ponta nesta sequência.

  • Bom
3

Resumo

Diante do exposto, será difícil não se emocionar com a presença de Teddy Roosevelt, que a cada minuto parece estar se despedindo. Com falas sempre inspiradas durante os 97 minutos de projeção, com intenção ou não da produção, a mensagem mais tocante da franquia acaba vindo da voz de Williams, que se despede do cinema de uma maneira justa e como merece. A cena final, além de arrancar algumas lágrimas, passa a imagem exata de como devemos nos lembrar de um dos atores mais incríveis de Hollywood.