Crítica | Toy Story 4

Reprodução/Disney/Pixar

Sinceramente, parecia que a franquia Toy Story não tinha mais nada para nos contar. Toy Story 3 foi o encerramento ideal para esses personagens. Mas, com o anúncio do quarto filme, a Pixar estava pondo em risco desmoronar tudo que construiu após o final perfeito do último longa. Bastou cinco minutos de filme para Toy Story 4 nos deixar convencidos que ainda havia algo especial para mostrar.

Na trama, Woody, Buzz e seus amigos agora pertencem a Bonnie, que brinca com a maioria deles, exceto por Woody, que tende a ficar no armário. Sentindo-se fora do lugar, o cowboy resolve ajudar Bonnie em seu primeiro dia no jardim de infância, onde ela cria de forma artesanal um novo brinquedo, Garfinho. Bonnie ama o Garfinho, então Woody quer ter certeza de que ele estará sempre lá para Bonnie. Entretanto, Garfinho se vê como lixo por ter sido criado com coisas descartáveis. E quando Bonnie viaja com seus pais, Garfinho decide fugir e Woody sai em busca de resgatá-lo. Durante a missão de resgaste, Woody reencontra Betty, que seguiu seu caminho vivendo como um brinquedo perdido. Betty concorda em ajudar Garfinho a voltar para Bonnie, mas primeiro eles têm que lidar com Gabby Gabby, uma boneca que pertence a uma loja de antiguidades onde Woody e Forky se separaram.

Apesar de Toy Story 4 manter uma pegada mais emocional, o longa dirigido por Josh Cooley reserva muitas risadas com a presença dos novos personagens Garfinho, Duke Caboom e os brinquedos de pelúcia Coelhinho e Patinho. A dublagem nacional dá um show de versatilidade em mais uma prova de que somos os melhores no ramo. As piadas são geniais, utilizando com eficiência gírias do nosso vocabulário.

A narrativa é para toda a família, mas há momentos reservados para aquele público com seus 30 e poucos anos que acompanha Toy Story desde o primeiro filme lançado em 1995. O longa trata sobre legado e o momento decisivo da vida sobre dar o próximo passo. O filme faz uma reflexão sobre o quão preparado e disposto você estar para encarar um novo desafio. E o quanto muitas pessoas ficam presas ao passado porque é confortável, quando é necessário se aventurar e sair da zona de conforto.

Os 30 minutos finais deixam uma emocionante mensagem sobre crescimento e aceitação. A busca de encontrar o seu propósito em uma nova fase da vida. São uma mistura de choro e sorrisos. Woody, Buzz e os mais brinquedos se tornaram aos longos dos anos nossos melhores amigos. Neste filme, eles nos ensinam que não existe um adeus. O legado que criaram aos longo de 24 anos os tornaram infinitos. Velhos amigos nunca serão esquecidos.

Toy Story 4 manteve a mesma excelência dos capítulos anteriores. É o única série da Pixar que conseguiu produzir ótimas sequências em meio aos regulares Procurando Dory, Os Incríveis 2, Carros 2 e Carros 3. Desta vez, o ciclo foi encerrado. Mas caso a Pixar decida contar uma nova história, não estarei mais com receio como antes de assistir este filme. A Pixar nos surpreende quando menos se espera.

5

Excelente

Woody, Buzz e os mais brinquedos se tornaram aos longos dos anos nossos melhores amigos. Neste filme, eles nos ensinam que não existe um adeus. O legado que criaram aos longo de 24 anos os tornaram infinitos.