Crítica | Steve Jobs mostra um lado desconhecido do grande gênio da Apple

É provável que alguns de vocês estejam lendo essa crítica por meio de um iPhone, iTouch ou qualquer outro aparelho proveniente da Apple. Isso só é possível devido a ação de um homem, que não desistiu daquilo que queria e foi contra tudo e todos para provar suas ideias. Há pouco menos de 5 anos, o mundo se despedia de Steve Jobs, o inventor por trás de grande parte do que a empresa americana se tornou hoje.

https://www.youtube.com/watch?v=P2avRagAJK8

Desde a morte de Jobs, três filmes com seu nome ja foram produzidos, um em 2013 e dois em 2015 (o último irá ser lançado em 2016 no Brasil ), buscando narrar a maneira como o norte americano chegou ao posto de presidente de uma das empresas mais importantes do mundo. Assim como o primeiro, o filme Steve Jobs é um documentário que conta a respeito de 3 grandes momentos da vida do empresário : o lançamento do Macintosh em 1984, do neXT em 1988 e do iMac em 1998.

O drama é dirigido por Danny Boyle, ganhador do Oscar em 2008 por ” Quem Quer Ser Um Milionário ” em parceria com a Universal Pictures,  e busca explorar o relacionamento de Steve para com a chefe de marketing da Apple, Joanna Hoffman (Kate Winslet de “Titanic” e “O Leitor”); com o cofundador da Apple e seu amigo, Steve Wozniak (Seth Rogen de “A Entrevista”), com o diretor-executivo da empresa, John Sculley (Jeff Daniels de “Perdido em Marte”) e com sua filha mais velha , Lisa (a brasileira Perla Haney-Jardine).

Baseado na biografia homônima escrita por Walter Isaacson, o filme é um bom documentário e mostra um lado de Steve Jobs que muitos não conheciam. Michael Fassbender (de “300” e ” X-Men: First Class” ) apesar de não parecer fisicamente com Jobs no início, interpreta brilhantemente o magnata e acaba por se tornar extremamente parecido com ele do meio para o final do filme. Jobs possuía uma personalidade forte, irônica, grosseira e egoísta, que vai mudando no decorrer da trama. A figura gelada do homem vai dando lugar a uma pessoa que tem a filha como maior fonte de motivação. A transformação precisava ser bem interpretada para se obter o efeito desejado, e Fassbender assim o fez. O restante do elenco trabalha bem e todos parecem ter incorporado realmente o personagem que representam assim como o relacionamento com o personagem central.

O filme possui cerca de 2 horas de duração, contando com idas e vindas temporais que ajudam o público a entender algumas coisas. O que muita gente pode se decepcionar é até que ponto o filme chega na vida de Jobs, o lançamento do primeiro iMac em 1998, ou seja, iPhones e iPods não são mencionados. Ja existe um filme que narre até esse momento, por isso, acredito que o diretor poderia ter explorado mais as ideias do norte-americano e ter avançado mais em sua carreira, pelo menos até momentos antes de sua morte em 2011. Fica um desejo de querer descobrir mais a respeito de um dos maiores gênios da criação que ja existiu, visto que ele ainda tem 13 anos de vida após o término do filme.

Por fim, o drama conseguiu muito bem passar a mensagem que desejava. Steve Jobs era um gênio, um visionário, o homem por trás da Apple e o responsável por sua existência até hoje. Steve Jobs era também um egocêntrico, inflexível, egoísta, grosseiro e até mesmo um babaca quando se tratava de se relacionar com outras pessoas. No início do filme, o mundo era ele, suas ideias e nada mais. Com a desenvoltura da trama, percebe-se que ele não era o monstro que todos achavam, podendo inclusive se tornar um pai apaixonado por sua filha.

Para um melhor entendimento de algumas das relações entre personagens e até mesmo da personalidade de Jobs, é recomendável assistir o primeiro filme lançado em 2013. Apesar de ambos serem focalizados na mesma figura, abordam partes da vida diversas do empresário, um relatando sua adolescência e primórdios da Apple ( Jobs, em 2013 ) e o outro um lado mais moderno da empresa, assim como uma figura mais adulta de Steve ( Steve Jobs, em 2015/16 ).

Steve Jobs irá estrear no Brasil no dia 14 de Janeiro

” Não faz sentido olhar para trás e pensar: devia ter feito isso ou aquilo, devia ter estado lá. Isso não importa. Vamos inventar o amanhã, e parar de nos preocupar com o passado.” – Steve Jobs

  • Ótimo
4

Resumo

Por fim, o drama conseguiu muito bem passar a mensagem que desejava. Steve Jobs era um gênio, um visionário, o homem por trás da Apple e o responsável por sua existência até hoje. Steve Jobs era também um egocêntrico, inflexível, egoísta, grosseiro e até mesmo um babaca quando se tratava de se relacionar com outras pessoas. No início do filme, o mundo era ele, suas ideias e nada mais. Com a desenvoltura da trama, percebe-se que ele não era o monstro que todos achavam, podendo inclusive se tornar um pai apaixonado por sua filha.